Influência da suplementação materna com diferentes tipos de óleos no período de lactação sobre parâmetros endócrino-metabólicos das proles em curto e longo prazos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Quitete, Fernanda Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12693
Resumo: Alguns óleos considerados saudáveis são comumente utilizados na alimentação, inclusive em períodos críticos da vida. Assim, avaliamos os efeitos da suplementação materna com os óleos de soja, oliva, peixe e coco na lactação sobre o metabolismo das proles em PN21 e PN180. Ao nascimento, mães Wistar e seus filhotes foram divididos em 4 grupos (Experimento 1): Óleo de Soja (SO, n=09); Óleo de Oliva (OO, n=10); Óleo de Peixe (OP, n=10) e Óleo de Coco (OC, n=10); ou em 3 grupos (Experimento 2): Óleo de Soja (SO, n=09); Óleo de Coco (OC, n=10) e Óleo de Coco + Ração suplementada com óleo de coco (OC+R, n=05). As mães receberam os óleos por gavagem (0,5g/kg PC) durante a lactação. Em PN21 ocorreu o sacrifício de mães e parte da prole. No experimento 2, o grupo OC+R recebeu óleo de coco na ração durante toda a vida. No PN180, todas as proles foram sacrificadas. Em PN 21, as mães do grupo OO apresentaram menor adiposidade, e seus filhotes apresentaram maior peso corporal (PC) e adiposidade. As mães OC apresentaram menor glicemia; os grupos OO, OP e OC apresentaram maior colesterol plasmático; o grupo OO apresentou maiores níveis de triglicerídeos plasmáticos que OS. As mães dos grupos OO, OP e OC apresentaram menor T4 plasmático, e as do grupo OP e OC, maior T3 que OS. As mães OC apresentaram maior conteúdo de triglicerídeos e menor leptina no leite que os outros grupos. As mães OO e OC apresentaram mais colesterol e calorias no leite que OS. Em PN21, os filhotes do grupo OP e OC apresentaram apenas menores níveis de triglicerídeos que OS e OO. Em PN180 (experimento 1) OO e OC apresentaram maior PC e adiposidade que OS, mas só OC apresentou hiperfagia em relação ao OS. A leptina foi maior no plasma de OO e OC em relação a OS, e no tecido adiposo dos grupoS OO e OC comparados aos OS e OP. Os grupos OO, OP e OC apresentaram maiores níveis de T3 plasmático, sem alterações em marcadores da função tireoideana (TSH, TRβ1, Dio 1, Dio 2 e UCP-1). No experimento 2, os grupos OC e OC+R tiveram maior PC, sendo que o OC teve aumento de adiposidade e OC+R teve aumento de massa magra. OC apresentou hiperfagia, e OC+R hipofagia. O grupo OC apresentou aumento de leptina no plasma e tecido adiposo em relação a OS e OC+R. O grupo OC+R apresentou menor T4 que OC, e OC apresentou maior T3 e TSH que OS, sem alterar TRβ1, Dio 1, Dio 2 e UCP-1. Os óleos de coco e de oliva foram capazes de alterar a composição do leite materno e provocar alterações endócrino-metabólicas nas proles a curto e longo prazos e a exposição contínua ao óleo de coco durante a vida preveniu a maioria das alterações causadas pela suplementação materna com este óleo.