Cirurgias de levantamento de seio maxilar com e sem membrana de colágeno sobre a janela externa: avaliação anatômica, histomorfométrica e microtomográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Ramiro Beato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19154
Resumo: Os objetivos deste estudo foram: a) realizar análises histológica, histomorfométrica e microtomográfica do tecido regenerado a partir de cirurgias de levantamento de seio maxilar, com e sem o uso da membrana de colágeno sobre a janela externa da osteotomia; b) avaliar se a incidência das perfurações da membrana de Schneider pode estar relacionada às angulações das áreas anatômicas do seio maxilar e à espessura da membrana sinusal. O estudo realizado foi do tipo prospectivo, controlado, randomizado e duplo cego, no qual 16 pacientes foram selecionados e submetidos à cirurgia bilateral de levantamento de seio maxilar, dentro do protocolo da pesquisa de boca dividida. Em um dos lados do procedimento de levantamento de seio maxilar, foi utilizado o Bio-Oss®, biomaterial de origem de osso bovino, com o uso da membrana de colágeno Bio-Gide® sobre a janela externa da osteotomia. No lado contralateral, foi usado apenas o Bio-Oss®, sem a presença da membrana. No estudo 1, após um período médio 8,5 meses, as cirurgias para a instalação dos implantes foram realizadas em um total de 12 pacientes da amostra. Nesta etapa cirúrgica, os espécimes do tecido regenerado foram analisados através da microtomografia computadorizada (MicroTC) e através da análise histomorfométrica convencional. No estudo 2, os pacientes foram submetidos ao exame pré-operatório da tomografia computadorizada do tipo Cone Beam com o guia tomográfico. Foram realizadas medições nas regiões anatômicas do seio maxilar correspondentes aos dentes posteriores do guia tomográfico, do 1o pré-molar ao 2o molar superior, bilateralmente. Estas medições incluíram o ângulo entre as paredes lateral e medial do seio maxilar, as distâncias entre estas paredes em 3 níveis diferentes de altura e a espessura da membrana de Schneider. Durante o procedimento de levantamento de seio maxilar, na existência de uma perfuração na membrana sinusal eram registradas informações como o local e sua extensão. Na análise histomorfométrica, os percentuais médios de osso neoformado foram de 43,9% e 40,8% nos grupos com e sem membrana, respectivamente. Os valores correspondentes à análise microtomográfica foram de 36,6% e 37,2% nos grupos com e sem membrana, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos teste e controle nos dois métodos. Não houve diferença estatisticamente entre o percentual médio de biomaterial remanescente entre os grupos teste e controle. No entanto, o percentual médio de osso neoformado foi significativamente maior e o percentual médio de biomaterial remanescente foi significativamente menor nas análises realizadas através da histomorfometria quando comparado aos valores obtidos através da microtomografia. A taxa de perfuração do seio maxilar foi de 17,9% das cirurgias realizadas, em que a membrana de Schneider foi significativamente mais fina que os seios não perfurados. Concluindo, o uso adicional de membranas de colágeno em cirurgia de levantamento de seio maxilar não ofereceu vantagens em termos de formação óssea. O principal fator que colaborou para a perfuração dos seios maxilares foi a espessura da membrana dos seios maxilares.