Análise fenotípica e funcional das células T que expressam receptores do tipo toll (TLR)-2 e TLR-4 e células B no sangue periférico de pacientes com cavernomas cerebrais e sua relação com a gravidade da doença
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22502 |
Resumo: | As malformações cavernosas cerebrais (CCM) são lesões vasculares contendo capilares grosseiramente dilatados e alterados em sua permeabilidade, predispondo os pacientes a um risco de acidente vascular cerebral hemorrágico, epilepsia e deficiências neurológicas diversas. O desfecho da doença parece ser influenciado por elementos da resposta imune. Esta hipótese é reforçada pelo achado de intenso infiltrado de células T e B nas regiões dos cavernomas e o envolvimento do receptor toll-like (TLR) 4, com o desenvolvimento dos CCM. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil de citocinas de células T expressando TLR2 e TLR4, bem como subconjuntos de células B, em pacientes assintomáticos (CCMAssint, n=14) e sintomáticos (CCMSint, n=23). Para tanto, amostras de sangue foram colhidas e as células mononucleares, ou linfócitos T, foram estimuladas com ativadores policlonais das células T (anticorpos anti-CD3/anti-CD28) ou com ligantes de TLR2 (Pam3C) e TLR4 (lipopolissacarídeo, LPS). A caracterização fenotípica das células T e células B foi conduzida através de citometria de fluxo. A liberação de citocinas nos sobrenadantes das culturas foi quantificada através da técnica ELISA. No presente estudo foi observado que, quando comparado a pacientes CCMAssint, os pacientes CCMSint apresentaram maior frequência e densidade de TLR4 expressos em células T CD4+ e T CD8+. A porcentagem de células Th17 que expressam TLR2 e TLR4 também foi maior nos pacientes CCMSint. Além disso, a ocorrência de sintomas nos pacientes com CCM associou-se com maior expansão de células Tc-1TLR4+, bem como células Tc-17 e Th17.1 expressando TLR2 e TLR4. Por outro lado, a porcentagem de células T CD4+TLR4+IL-10+ foi maior no grupo CCMAssint. In vitro, o Pam3C e o LPS foram mais eficientes em elevar a frequência de células T CD4+IL-6+ e células Th17.1 no grupo CCMSint. Além disso, em comparação com CCMAssint, as células T purificadas do grupo CCMSint liberaram níveis mais altos de citocinas relacionadas a Th17 em resposta a Pam3C e, principalmente, em resposta ao LPS. O mesmo comportamento foi observado nas culturas de células T desses pacientes após estimulação via TCR/CD28. Em relação aos subtipos de células B, uma maior frequência de células B de memória ativada foi observada no grupo CCMSint. Apesar de preliminares, nossos achados revelam um aumento nos subtipos de células Th17/Tc-17 circulantes expressando moléculas funcionais de TLR2 e, especialmente, TLR4, associado a um aumento nos subconjuntos de células B de memória, em pacientes CCM com atividade clínica da doença |