Cultura escolar e infância em Cazuza, de Viriato Corrêa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Patrícia Fernandes de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18397
Resumo: Neste estudo, examinam-se cultura escolar e infância na narrativa Cazuza, publicada em 1938 por Viriato Corrêa sob o selo da Companhia Editora Nacional. Tem-se como objetivos compreender o caminho que levou Viriato Corrêa à escrita de Cazuza, identificar as concepções de cultura escolar e de infância que balizaram a escrita da narrativa e analisar as condições de produção da obra, levando em consideração seu local e tempo, quais sejam, o Maranhão de final de século XIX e primeiras décadas do século XX. Cazuza é tratado como fonte principal para a investigação histórica acerca dos objetos cultura escolar e infância. Sendo a fonte histórica uma construção do pesquisador (GINZBURG, 2002), optou-se por interrogá-la no presente, mobilizando outras fontes, como leis de ensino do Maranhão que vigoraram no período pesquisado, artigos e matérias jornalísticas, estatísticas e informações geográficas e escritos de intelectuais que tocam os mesmos temas de Cazuza. A metodologia empregada consiste em levantamento e na análise das fontes documentais e na revisão de literatura que versasse sobre Cazuza, História da Educação, infância e cultura escolar. São úteis, em um primeiro momento, a investigação da trajetória intelectual de Corrêa e das suas redes de sociabilidade (SIRINELLI, 1986). A seguir, passa-se à análise da cultura escolar presente na narrativa, buscando compreender os conjuntos de normas e práticas que permeiam os processos formais de escolarização observados na narrativa (JULIA, 2001) e de que maneira os atores geram a cultura escolar e se adaptam às suas mudanças (BENITO, 2017). Por fim, a noção de infância é investigada através das mudanças na vida das crianças retratadas, compreendendo a infância como representação que os adultos fazem do período inicial da vida (KUHLMANN E FERNANDES, 2004) e da criança como depositária e destinatária dos discursos e práticas produzidos sobre a infância (GOUVEA, 2008).