Entre saberes e crenças: ciência e experiência religiosa no pensamento de William James (1842-1910)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Silva Filho, Romero de Oliveira e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19621
Resumo: Tomando como fonte preferencial a obra de William James (1842-1910), este trabalho aborda noções como verdade, experiência religiosa, crença, ciência e evidência, visando compreender como o pragmatismo lidou com estes temas no contexto da virada do século XIX para o XX (momento em que uma série de campos do saber humano buscavam estabelecer seu estatuto de cientificidade). Dois pontos principais norteiam o trabalho: 1) A consideração do caráter sistêmico da da obra de James, buscando-se a conexão entre obras/ temas discutidos; 2) A compreensão de que o contraponto com questões de caráter religioso e teológico perpassa a obra de James, tendo importância fundamental no que tange às suas contribuições aos debates científicos e filosóficos. O trabalho encontra-se dividido em três partes. Na Parte 1, são abordados os debates acerca de determinismo e livre arbítrio, tendo-se como foco a proposição ontológica da vontade livre como centro da mente e as críticas jamesianas ao "determinismo evolucionista". Além disso, tematiza-se a questão da evidência nos debates sobre verdade científica, tendo-se as crenças religiosas como um contraponto. Na Parte 2, o texto "As Variedades da Experiência Religiosa" aparece em primeiro plano, buscando-se compreender de que maneira James fez da experiência religiosa um objeto científico, abordando-se tanto a sua crítica aos cientistas médicos que buscavam tratar o fenômeno religioso como patologia, quanto as suas proposições acerca da experiência religiosa como diretiva para as ações futuras dos sujeitos. Na Parte 3, é abordada a formulação do pragmatismo jamesiano "propriamente dito". Em "Pragmatismo" James constitui tanto o seu método pragmático, primando pelo estabelecimento de "diferenças práticas" no âmbito da investigação filosófica, quanto a sua teoria pragmática da verdade, segundo a qual "o que é verdadeiro no nosso modo de pensar é a produção de crenças que se provem a si serem boas, e boas por razões definidas, determináveis".