Descascando abacaxis: a dissintonia entre a crítica e as chanchadas brasileiras na hegemonia de uma cultura cinematográfica na década de 1950
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13188 |
Resumo: | O presente estudo propõe-se a investigar a relação da crítica de cinema durante a década de 1950, ávida pela modernização da cultura cinematográfica, pela sofisticação do gosto estético do grande público brasileiro e pelo desenvolvimento do cinema brasileiro, com as chanchadas cinematográficas, o principal gênero de filmes produzidos no Brasil até aquele momento. As chanchadas ou como também eram conhecidas, os abacaxis eram o principal sustentáculo da frágil indústria cinematográfica desde a década de 1930, e manteve esta função até início da década de 1960, quando finalmente a cumplicidade do público para com estes filmes já estava esgotada. No entanto, os críticos de cinema, assim como outros intelectuais preocupados com questões cinematográficas, repudiavam tais filmes por estes se valerem de aspectos técnicos e culturais ultrapassados em relação ao momento de modernização pelo qual passava todas as esferas do país. Naquele instante, as chanchadas representavam para estes intelectuais o que de mais atrasado ainda continuava a existir na cultura brasileira em contraponto ao afã desenvolvimentista que denotava aquele contexto. Cabe destacar que a crítica e os estudos cinematográficos estavam passando por um estimulante processo de renovação no Brasil, com a intensificação das atividades cinematográficas, propiciadas pelos novos espaços de sociabilidade cinéfila. Desse modo, nos dedicamos a discutir as críticas acerca destes filmes, assim como as reflexões em torno dos problemas do cinema brasileiro publicadas nos jornais e revistas de cinema, aquelas com que os críticos se valeram para demarcar os seus posicionamentos em torno do desenvolvimento da indústria cinematográfica brasileira e da inserção da arte cinematográfica como forma de refletir e marcar a cultura brasileira. |