Crítica à "nova" sociabilidade do capital na América Latina: por um "capital mais humano"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Cristina Oliveira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15925
Resumo: Este estudo insere-se no conjunto das produções que procuram apreender o enfrentamento da pobreza na sua essência, analisando a construção de um "novo" consenso social das classes subalternas, difundida como prática e ideologia pelos organismos internacionais e absorvidas por parte das corporações da sociedade civil. O objetivo é estudar a nova sociabilidade do capital e suas manifestações nos anos 2000 pelo Banco Mundial, CEPAL e ONG FASE, tendo como norteador as estratégias de desenvolvimento no combate à pobreza através de pesquisa documental. Analisamos o processo da mundialização do capital, as implicações políticas e ideológicas que desqualificam o conceito de "questão social" e eleva a noção de "combate à pobreza" e desenvolvimento como pressuposto alternativo ao neoliberalismo. Recuperamos o conceito de trabalho e alienação no universo da ideologia dominante a partir das concepções de Marx, Engels, Gramsci e Lukács. Num segundo momento o estudo voltou-se na materialização do projeto capitalista na contemporaneidade e suas ações para desvendar o pensamento conservador sobre a nova questão social a partir da formação da superpopulação relativa e os fundamentos do rosário dos neo . Identificamos se as atuações dos intelectuais da nova pedagogia da hegemonia no neodesenvolvimento, teoria do "capital social" e teoria do capital mais humano , a partir da crítica da "teoria da dependência", são respaldadas nos novos mecanismos de intervenção política e institucional, em especial do Banco Mundial e Nova CEPAL. Tratamos ainda, das reflexões sobre experiências da "nova" sociabilidade do capital, desenvolvimento e questão social através de análise documental do Banco Mundial, CEPAL e ONG FASE. Concluímos que as supostas alternativas ao neoliberalismo pela via do desenvolvimento (neodesenvolvimento) enriquecem a expansão do capital com o legado reformista e, ao mesmo tempo, tensiona a luta de classes no alargamento dos direitos sociais, ainda que não na direção revolucionária à emancipação humana. O terreno é confuso na luta antineoliberal. A tese procurou mostrar que embora a expressão da contra-hegemonia se permaneça no século XXI, o seu significado tem uma relação direta com a idéia de desenvolvimento (sustentável) para a democratização associada a (i) uma possível nova hegemonia sob a égide dos rosários dos neo'' e de um "capital mais humano" sob a ética do desenvolvimento (no sentido de maior equidade e redistribuição de renda nas direções de solidarismo, ajuda mútua, associativismo, "cultura cívica", cooperativismo, etc). Portanto, como (ii) um suposto projeto alternativo ao neoliberalismo, mas que guarda a mesma direção de projeto societário, (iii) afastado a possibilidade da sociedade civil como um espaço privilegiado das lutas de classes e sociais pela hegemonia. (iv) Trata-se, na verdade, de um "novo" consenso social das classes subalternas pela concepção do mundo da burguesia. (v) Com isso, redireciona a esfera pública para o campo do privado.