Retirância-mulher: uma epistemologia nordestina produzidaCOM as extra-vagâncias e assentamentos da vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Brito, Monique Araújo de Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17459
Resumo: A história da vida humana e não-humana tem sido performada a partir dos deslocamentos em suas diversas nuances e modos de existir. Desde as placas tectônicas até as micropartículas de areia, passando por nós mesmas e nossos desejos. Levadas por isso, decidimos pesquisarCOM os percursos-deslocamentos, acompanhar os trajetos de pessoas, em sua grande maioria mulheres, movendo-se pelo mundo, ocupando espaços, traçando rotas e produzindo novas versões-histórias de suas relações consigo e com o mundo. Estivemos no assentamento Manjerona, na região do baixo-sul da Bahia, no Vale do Capão, na Chapada Diamantina também na Bahia e na França, em Paris e seus arredores. Fizemos imersões de dias, semanas e meses. Conversamos, entrevistamos, cozinhamos, cantamos, dançamos, escutamos, cuidamos, aprendemos a cuidar. Essa foi nossa metodologia de pesquisarCOM. Nos trajetos percorridos, encontramo-nos com pessoas em situação de migração, pessoas deslocando-se para lutar por terra, pessoas vivendo e cuidando de si e de outras a partir da relação com a terra. Nesses encontros, pudemos pensarCOM os deslocamentos e as relações que se estabelecem com eles, refletindoCOM as formas de viver e cuidar. Vivenciando tudo isso, produzimos e carregamos em nosso corpo a retirância-mulher, que foi sendo performada a cada encontro e nos performando enquanto mulher-pesquisadora-em-retirância. Encontramo-nos com as epistemologias do sul para produzir epistemologias nordestinas, em aliança com todas essas actantes que habitaram essa jornada. Aqui estamos e daqui seguiremos.