Educação física escolar, aptidão física e seu papel sobre a função cognitiva
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8310 |
Resumo: | Estudos indicam uma relação entre aptidão física e funções cognitivas, entre essas funções; as funções executivas têm sido mais estudadas, devido as maiores associações com o desempenho acadêmico. Assim, é possível supor que alguns parâmetros bioquímicos estejam relacionados com este fato, porém, não foram feitos estudos utilizando estes marcadores salivares e suas associações com a aptidão física e as funções cognitivas. O objetivo desse estudo foi verificar a relação entre aptidão física e funções executivas com marcadores bioquímicos salivares em escolares e o efeito agudo do exercício físico nesses parâmetros. As funções executivas foram verificadas através de dois testes: teste de Stroop (TSt), para avaliar a atenção seletiva e o controle inibitório e a Torre de Hanói (ToH), que avalia a memória de trabalho pela transferência de anéis de uma pirâmide para um pino. O condicionamento cardiorrespiratório foi mensurado pelo teste de corrida/caminhada dos 6 minutos e a resistência muscular foi avaliada pelo teste de abdominais em 1 minuto. O condicionamento físico foi avaliado baseado nos valores de referências brasileiros fornecidos pelo PROESP-BR e as análises bioquímicas foram realizadas utilizando a saliva como fluido biológico. Dois estudos foram feitos: 1) o primeiro foi composto por 33 estudantes do 9º ano submetidos ao TSt e ToH, aos testes de corrida/caminhada dos 6 minutos e abdominais em 1 minuto. 2) o segundo grupo teve 20 estudantes do 6º ano que foram submetidos ao TSt em repouso e imediatamente após o teste de corrida/caminhada dos 6 minutos. Os estudantes do primeiro estudo apresentaram baixos valores de aptidão física para corrida/caminhada dos 6 minutos (91%) e abdominais em 1 minuto (94%). Os meninos têm maior condicionamento que as meninas, para a corrida/caminha dos 6 minutos (+27%) e abdominais em 1 minuto (+26%). Não foram encontradas diferenças no desempenho cognitivos em ambos os sexos. Observamos uma associação negativa entre o TSt com a distância da corrida (r= -0,56, p<0,05) e com abdominais em 1 minuto (r= -0,55, p<0,05) nas meninas. Entretanto, os meninos não apresentaram qualquer associação significativa para esses testes. Foi observada uma associação negativa entre o teste de abdominais em 1 minuto com o número de movimentos na ToH (r= -0,48, p<0,05) e para TBARs salivar com o tempo na ToH (r= 0,35, p<0,05). No segundo estudo, nós observamos baixo condicionamento cardiovascular nos indivíduos (96%). O teste de corrida/caminhada dos 6 minutos promoveu um aumento nos valores de proteínas totais (+67%, p<0,05), ácido úrico (+102%, p<0,05), GSH (+34%, p<0,05) e TBARs (+97%, p<0,05) na saliva. O tempo do TSt diminuiu após o exercício (-9%, p<0,05) e o TBARs salivar no repouso apresentou correlação positiva com o tempo do TSt (r= 0,46; p<0,05). Nossos resultados sugerem que o condicionamento físico é associado de maneira diferente com o desempenho cognitivo em meninas e meninos. Também encontramos que apenas 6 minutos de exercício físico agudamente melhora o desempenho cognitivo. |