Papel de catepsinas na angiogênese induzida por TSP Hep II, um peptídeo derivado do domínio N-terminal da trombospondina-1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Morais, Francisco Vardiero
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16299
Resumo: A angiogênese é um evento importante em diversos processos fisiológicos e patológicos, como o desenvolvimento tumoral. Sua inibição é considerada uma estratégia importante no desenvolvimento de terapias anti-câncer. Um importante aspecto da formação de novos vasos é a coordenação da migração e da invasão das células endoteliais em direção ao sítio angiogênico. Para isso, é essencial a degradação da matriz extracelular por proteases. Proteínas matricelulares, como a trombospondina-1 (TSP-1), têm sido associadas com a angiogênese por induzirem um estágio intermediário de adesão, permitindo uma maior migração celular. Nosso grupo observou que o fragmento recombinante de 18kDa do domínio N-terminal da TSP-1 (TSP18) e peptídeos GAG-dependentes derivados do TSP-18 (TSP Hep I e TSP Hep II) possuem atividade pró-angiogênica. Esta atividade está relacionada à ligação desses domínios ao receptor sindecan-4 e à ativação de proteína quinase C (PKC). O presente trabalho tem como objetivo investigar o papel de proteases na modulação da angiogênese induzida pelo TSP Hep II. A atividade de metaloproteases (MMP) associadas à membrana celular de HUVECs foi determinada por zimografia, a partir de extratos celulares obtidos após a adesão da células ao TSP Hep II. O peptídeo não foi capaz de induzir um aumento na atividade da MMP-2. Avaliamos ainda, por espectrofluorometria, a presença de catepsinas no meio condicionado de células endoteliais aderidas ao TSP Hep II. Observamos que o peptídeo foi capaz de induzir a secreção de catepsinas endoteliais. Verificamos ainda que o aumento da migração e da tubulogênese promovido pelo TSP Hep II é dependente da secreção de catepsinas, uma vez que a utilização de um inibidor específico (E-64) foi capaz de reverter o efeito deste peptídeo nestes eventos. Além disso, observamos o envolvimento de catepsinas na formação de vasos <i>in vivo</i> induzida pelo TSP Hep II. Utilizando-se de substratos fluorogênicos específicos, averiguamos que as catepsinas B, K e L não estão envolvidas neste processo. Este trabalho demonstra que o TSP Hep II induz a formação de estruturas tubulares em HUVEC, através de um mecanismo dependente da secreção de cisteíno-proteases.