Efeitos de um treinamento de curta duração de Power Ballet original na resistência cardiorrespiratória, força, potência muscular e desempenho no balé clássico
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23596 |
Resumo: | O balé clássico teve suas demandas fisiológicas estudadas apenas a partir da década de 1980. Embora seja uma atividade altamente técnica, com movimentos complexos que exigem grande amplitude, coordenação e múltiplas habilidades, a rotina dos bailarinos é focada em aulas e ensaios, sem priorizar o desenvolvimento físico. Estudos da Medicina e Ciência da Dança indicam que muitos bailarinos não estão preparados para as demandas físicas da dança, aumentando o risco de lesões. Esta tese apresenta três estudos sobre a preparação física de bailarinos clássicos, abordando resistência cardiorrespiratória e potência muscular. O Estudo 1, uma revisão sistemática com metanálise, investigou a resistência cardiorrespiratória de bailarinos, analisando dados de bailarinas amadoras, profissionais e bailarinos homens. Foram utilizados bancos de dados e o software JAMOVI para análise estatística. Os valores médios de VO2max encontrados foram: 45,16 ml.kg⁻¹.min⁻¹ para bailarinas amadoras, 42,79 ml.kg⁻¹.min⁻¹ para profissionais e 49,83 ml.kg⁻¹.min⁻¹ para homens. A alta heterogeneidade entre os estudos (I² entre 77% e 87%) indicou variabilidade nos protocolos utilizados, mas a revisão forneceu um panorama da resistência cardiorrespiratória dos bailarinos. O Estudo 2, também uma revisão sistemática com metanálise, analisou a potência muscular dos bailarinos, essencial para saltos e movimentos explosivos. Os resultados apontaram que bailarinas amadoras alcançaram uma média de 32,6 cm no salto contramovimento, enquanto bailarinas profissionais atingiram 29,4 cm. Bailarinas profissionais na 1ª posição tiveram média de 36,0 cm, e bailarinos homens na 1ª posição alcançaram 52,1 cm. A análise mostrou alta heterogeneidade (I² = 91,4% a 86,5%) nos testes de contramovimento e moderada a baixa nos saltos da 1ª posição, sugerindo a necessidade de padronização nos protocolos. Além disso, equipamentos diferentes influenciaram os resultados, com plataformas de força registrando alturas menores do que outros dispositivos. O Estudo 3 foi um experimento controlado randomizado cego com 18 bailarinas clássicas, divididas em dois grupos: experimental (GE), que participou de oito sessões do método **Power Ballet Original (PBO)**, e controle (GC), que manteve a rotina regular de aulas. O grupo experimental apresentou melhorias significativas na força isométrica (developpé à la seconde: GC = 34,4 ± 11,0 s; GE = 45,1 ± 8,6 s; prancha frontal: GC = 158 ± 93,7 s; GE = 209,2 ± 76,2 s), resistência cardiorrespiratória (FCmax GC = 140,6 ± 39,6 bpm; GE = 132,8 ± 35,8 bpm; VO2max predito GC = 39,8 ± 7,3 mL/kg/min; GE = 41,3 ± 6,6 mL/kg/min), altura dos saltos (CMJ GC = 33,6 ± 7,6 cm; GE = 36,2 ± 10,0 cm; sauté na 1ª posição GC = 33,8 ± 7,4 cm; GE = 34,2 ± 8,7 cm) e desempenho técnico (GC = 66 ± 19,6 pts; GE = 69,7 ± 17,1 pts). O PBO foi eficaz para melhorar força, potência e resistência das bailarinas em curto período. Assim, esta tese contribui para a pesquisa sobre treinamento físico apropriado para bailarinos clássicos, destacando a importância de abordagens específicas para aprimorar resistência cardiorrespiratória e potência muscular, promovendo saúde e desempenho na dança |