A memória do grito mudo e a dialética das vozes inaudíveis à luz de Aby Warburg e Walter Benjamin
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6170 |
Resumo: | Esta tese parte da imagem do grito mudo para propor uma constelação intermidial que inclui o teatro, o cinema, as artes plásticas e a literatura. A equação comparativa desta pesquisa se articula com base na sobrevivência das formas e no conceito de Pathosformel, com os quais Aby Warburg buscava contar a História cultural da humanidade, e no emprego teórico que Benjamin dá à noção de montagem. Entre as obras que figuram no corpus analítico estão o filme Grido (Pippo Delbono, 2006), a peça Mãe Coragem e seus filhos (Bertolt Brecht, 1939), e a gravura Morte de Orfeu (Dürer, 1494), que demandam abordagens distintas no trato da gestualidade. A epistemologia da complexidade permite percorrer a teoria da linguagem e os escritos sobre o teatro épico de Walter Benjamin para abordar a fórmula do páthos per se e sua semelhança com o gestus brechtiano. Nesse exercício de alteridade sobre as vozes do recalcado e do excluído a escuta se aguça e permite o olhar sobre os sintomas gestuais e discursivos que causam o estranhamento. Na conclusão, reconhecemos um outro tipo de familiaridade entre o pensamento de Benjamin e Warburg: a subversão da tradição judaica e uma noção do tempo histórico que se revela por meio da montagem, entre saltos temporais e confrontos entre eventos distintos, procedimentos que dialogam com o método do Talmude |