Hemoparasitismo em Lanio melanops (Aves: Thraupidae), em área de Mata Atlântica da Ilha Grande, Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5900 |
Resumo: | Diversos parasitos podem acometer as aves e em conjunto com múltiplos fatores, como reprodução, mudanças climáticas e estresse, podem ocasionar efeitos negativos em populações naturais. De acordo com o nível do impacto podem até mesmo extinguir espécies. Dessa forma, o parasitismo é considerado uma força seletiva tão importante quanto à predação ou a competição. Uma vez infectadas, as aves podem continuar assim por toda a vida. A investigação de médio e longo prazo de hemoparasitos e suas taxas de prevalência, permite avaliar os reais impactos do hemoparasitismo em populações naturais de hospedeiros. O presente estudo teve como objetivo identificar os hemoparasitos que acometem o tiê-de-topete (Lanio melanops), bem como avaliar sua influência no peso dos indivíduos, sua variação sazonal e entre sexos em área de Mata Atlântica da Ilha Grande. Para isso, foram confeccionadas distensões sanguíneas de 60 indivíduos capturados de janeiro de 2014 a junho de 2015, além de obtidas amostras de sangue para a confirmação molecular do sexo de aves com plumagem de fêmea. Foi encontrada uma prevalência de hemoparasitismo de 58,3% para L. melanops na Ilha Grande, valor de 6 a 32 vezes maior que aqueles registrados em outras áreas de Mata Atlântica. Não foi encontrada uma diferença significativa entre o peso de indivíduos parasitados e não parasitados. Microfilária foi registrada somente em adultos e Trypanossoma sp. foi registrado somente em juvenis. A presença de Trypanossoma sp. em jovens possivelmente está relacionada ao fato de seus potenciais vetores habitarem ninhos de aves. Os períodos de maior e menor pluvisosidade não apresentaram valores de prevalência significativamente diferentes. Este efeito provavelmente decorre de 2014 ter sido um ano atípico, onde as chuvas ficaram distribuídas de forma incomum, ou resultado de um efeito insular no parasitismo. Deste modo é importante que sejam realizados estudos de longo termo sobre parasitismo, investigando se a alta prevalência encontrada para L. melanops varia ao longo dos anos e ocorre em outras espécies de aves locais, relacionando hemoparasitismo com dados climáticos, principalmente em ilhas. |