Influência de espécies exóticas invasoras no componente arbóreo da Floresta Atlântica: avaliação das características funcionais, diversidade filogenética e estrutura da comunidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lopes, Lucas Costa Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4967
Resumo: A invasão biológica é apontada como uma das maiores causas de extinção de espécies. No entanto, os mecanismos que direcionam tais impactos são escassos nos estudos e poucas pesquisas abordam múltiplas variáveis respostas da comunidade frente a invasão. Portanto, objetivamos avaliar se Artocarpus heterophyllus e outras espécies exóticas influeriaram na composição; taxonômica e filogenética, diversidade; taxonômica, filogenética e funcional, parâmetros estruturais e estoque de carbono em uma floresta tropical Insular no Brasil. O estudo foi desenvolvido na Ilha Grande, Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro em áreas com recentes impactos antrópicos e algumas com invasão de A. heterophyllus. Quantificamos os indivíduos lenhosos (árvores, arvoretas e arbustos) com diâmetro a altura do peito (DAP) ≥ 5cm em 16 parcelas de 15m de raio (706m²); sendo oito com A. heterophyllus e oito sem A. heterophyllus. Encontramos 1.048 indivíduos em 99 espécies e 43 famílias. Outras seis espécies exóticas foram detectadas na área, sendo três espécies observadas também em áreas sem A. heterophyllus. Devido a tal observação, comparamos também áreas com (11 parcelas) e sem (5 parcelas) exóticas- incluindo A. heterophyllus e as outras seis espécies exóticas. Do total de espécies quantificado, coletamos características funcionais em indivíduos de 83, abrangendo o mínimo de 80% do valor de cobertura de cada parcela. As características mensuradas foram: área foliar, área foliar específica, conteúdo de massa seca, espessura foliar, razão de área foliar e densidade da madeira. Estas características funcionais estão relacionadas ao uso dos recursos para crescimento ou de forma mais conservativa pelas espécies. Observamos maior biomassa em áreas com A. heterophyllus, variação nas composição taxonômica e filogenética em áreas com e sem A. heterophyllus e com e sem exóticas (A. heterophyllus + outras seis exóticas) e redução da diversidade filogenética (Índice MNTD e métrica NTI) para áreas com exóticas. Observamos também que a equabilidade funcional aumenta com o aumento da abundância de A. heterophyllus. Neste sentido, observamos influências positivas (aumento de: biomassa-estoque de carbono e da equabilidade funcional), negativas (alteração da composição taxonômica e filogenética e redução da diversidade filogenética) e neutras de A. heterophyllus e das outras espécies exóticas em parâmetros da comunidade e ecossistema. Ressaltamos cautela em porpor manejo para tais espécies e se este for porposto com base nos impactos negativos, uma análise de risco em como substituir os impactos postitivos das exóticas na comunidade deve ser feita.