O adulto que posso e me permitem ser: o desafio do processo de transição para a vida adulta da pessoa com deficiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Ana Cristina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20509
Resumo: Esta investigação tem como objetivo compreender a transição para a vida adulta do jovem com deficiência intelectual. O modelo de organização multipaper foi escolhido para escrita da presente tese, em que a pesquisa será apresentada como compilação de artigos publicáveis. No primeiro estudo, a senda da pessoa com deficiência intelectual foi desenvolvida numa perspectiva histórica, política e social por meio de uma revisão narrativa, a contextualização dos caminhos percorridos pela pessoa com deficiência, que trazem toda a ancoragem da representação social imputada a este grupo, valendo-se do anacronismo, ao evidenciar os valores do tempo presente como um ponto de referência para melhor compreensão do passado, com suas características e realidades. No segundo estudo, tencionamos trazer aspectos conceituais dos participantes desta tese: jovem com deficiência e sua transição para uma vida adulta, utilizando uma revisão integrativa da produção científica sobre o tema no período de 2015 a 2021. Adotamos como questão norteadora: em que estão ancorados os estudos sobre a transição para a vida adulta de pessoas com deficiência intelectual? A preparação dos jovens para uma vida adulta com qualidade mostra-se como a principal preocupação neste processo de transição, em que devemos oportunizar sua inserção na vida ativa, propiciando condições que auxiliem este processo, cuja meta esperada é independência e autonomia. No terceiro estudo, que pode originar mais de um artigo, é apresentado um desenho empírico sobre as possibilidades e limites da transição para a vida adulta de pessoa com deficiência intelectual. Utilizamos os princípios metodológicos de caráter qualitativo e exploratório, ao escolher os pressupostos da pesquisa-ação/intervenção. A pesquisa foi realizada em um Centro de apoio à Educação Profissional, especializado no atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais na área da deficiência intelectual, utilizando como instrumento a observação direta e encontros em grupos operativos. Os dados coletados foram analisados com base no método de Análise de Conteúdo, adotando-se como referencial a concepção de Laurence Bardin. A realidade, aqui representada apontou que as pessoas com deficiência intelectual estão mais suscetíveis a não terem o controle de suas vidas, porque muitos permanecem dentro das suas casas, ou frequentando, por anos, escolas especiais, ou ainda aos cuidados de um tutor, vivendo em situações de subestimação, submissão e sendo desencorajados a viver com autonomia.