Correlação entre o segmento sul da Faixa Ribeira e o segmento norte da Faixa Dom Feliciano: Integração geológico-geofísica da porção pré-cambriana do estado de Santa Catarina
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21475 |
Resumo: | As questões envolvendo a amalgamação de blocos tectônicos durante a orogenia Brasiliana/Pan-Africana vêm sendo objeto de estudo de diversos trabalhos nos últimos anos. Apesar do crescente número de ferramentas aplicadas ao conhecimento geológico, ainda existem diversas indagações acerca da evolução do supercontinente Gondwana. O objetivo principal desse trabalho é a hierarquização e discriminação dos limites entre blocos tectônicos conhecidos, integrando dados geológicos e geofísicos, para melhor entender a importância dessas grandes estruturas no sistema de colisões neoproterozoicas na porção sul do Gondwana Ocidental. Nesse contexto, destaca-se a relação entre as bacias neoproterozoicas deformadas durante a orogenia brasiliana e as respectivas relações com os terrenos arqueanos/paleoproterozoicos que, na costa S/SE do Brasil, perfazem a Província Mantiqueira. A geologia da área de estudo é dominada por terrenos pré-cambrianos: Terreno Luís Alves, as sequencias vulcanossedimentares das Bacias de Itajaí e de Campo Alegre, as sequencias metassedimentares dos Terrenos Brusque e Paranaguá e suas suítes graníticas além dos granitoides do Terreno Florianópolis. A borda oeste da área de estudo é coberta pelos sedimentos e por rochas vulcânicas da Bacia do Paraná. As zonas de cisalhamento e de falhas que separam esses blocos crustais foram desenvolvidas durante o ciclo orogênico Brasiliano/Pan-Africano, que levou à formação do supercontinente Gondwana. Esses limites tectônicos geralmente separam blocos de diferente reologia e espessura crustal. A metodologia aplicada inclui a análise conjugada de dados de campo e de métodos potenciais (magnetometria e gravimetria) para criação de um modelo de evolução integrado da área de estudo. A integração de dados geológicos e geofísicos permitiu a identificação de importantes lineamentos estruturais e limites crustais. O modelo geodinâmico apresentado sugere que a sutura entre o bloco composto pelos Terrenos Brusque, Paranaguá e Florianópolis e o bloco composto pelo Terreno Luís Alves seja a Zona de Cisalhamento Itajaí Perimbó, e não a Zona de Cisalhamento Major Gercino como previamente sugerido. A partir disso, os metassedimentos do Terreno Brusque foram depositados sobre o embasamento do Terreno Florianópolis, parte do Cráton de Angola, e são correlacionados aos metassedimentos do Terreno Paranaguá como uma margem passiva que, em aproximadamente ca. 650 Ma, se tornou margem ativa, atuando como uma bacia do tipo forearc. A colisão entre os blocos teria ocorrido de maneira oblíqua, com o desenvolvimento: de uma transpressão destral na Zona de Cisalhamento Itajaí Perimbó, separando o Terreno Luís Alves do Terreno Brusque; uma transcorrência sinistral representada pela Zona de Cisalhamento Palmital separando o Terreno Luís Alves do terreno Paranaguá; e uma frente de empurrão frontal, representada pelas Zonas de Cisalhamento Icapara e Serra Negra, separando o bloco já amalgamado dos Terrenos Luís Alves e Curitiba do Terreno Paranaguá. |