Promoção da qualidade de vida e o tempo de diagnóstico entre pessoas vivendo com HIV
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21829 |
Resumo: | Este estudo objetiva compreender as relações estabelecidas entre as representações sociais e as práticas de promoção da qualidade de vida e o tempo de diagnóstico para pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (HIV/aids). Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, apoiado na Teoria das Representações Sociais, a partir das abordagens processual e estrutural. Participaram do estudo 258 sujeitos que vivem com HIV/aids e realizam acompanhamento em Serviços de Atenção Especializada localizados nos municípios do Rio de Janeiro e Macaé. Foram aplicados dois questionários, de caracterização sociodemográfica dos participantes e de coleta de evocações livres ao termo indutor “qualidade de vida”, além de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados pelos softwares SPSS e Ensemble de Programmes Permettant l'Analyse des Evocations (EVOC), com a construção do quadro de quatro casas. As entrevistas passaram por um processo de análise de conteúdo temático categorial. Para o grupo geral foram estabelecidos, no possível núcleo central, os elementos boa-alimentação, saúde, trabalho, boa e cuidados-saúde. Os termos revelam uma dimensão biomédica que engloba práticas ligadas à promoção da saúde, além das dimensões sociais e da dimensão avaliativa da qualidade de vida, questões que encontram correspondência nas categorias construídas na análise de conteúdo. Essas categorias foram: saúde física e qualidade de vida; aspectos sociais da qualidade de vida; visão positiva da vida e prática religiosa; sentimentos negativos e vivência do preconceito; uso da terapia medicamentosa; uso do preservativo e vivência da sexualidade; relevância do trabalho para a qualidade de vida e vivências relativas ao serviço de saúde. A comparação da representação social da qualidade de vida entre os sujeitos com menos de 60 e mais de 96 meses de diagnóstico aponta para a existência, no primeiro grupo, de uma maior valorização da estrutura familiar e das práticas de promoção da saúde, enquanto o segundo demostra a valorização das questões relativas ao trabalho e à auto responsabilização pela saúde, apontando uma vertente prática da qualidade de vida. Conclui-se que a representação da qualidade de vida se apresenta como positiva e é permeada por elementos funcionais e afetivos, voltada para a valorização das dimensões social, biomédica e dos hábitos de vida e marcada pela vivência real ou imagética do preconceito. O compartilhamento de elementos nas representações dos dois subgrupos sugere a existência de uma mesma representação que apresenta diferentes modulações a partir do tempo de vivência com o HIV/aids. |