Discurso científico, senso comum e negacionismo: um estudo de representações sociais sobre a ciência
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19786 |
Resumo: | A ciência é um importante valor civilizatório que, contudo, passou por diversos momentos de crise que trouxeram consequências para sua credibilidade e que exigiram uma revisão de seus conceitos. A responsabilização da ciência nessa trajetória é importante para reconhecer seus erros e reformular sua condição de conhecimento, seu comprometimento ético e sua relação com a sociedade. Contudo, o negacionismo é uma tendência preocupante e crescente, que promove a desconfiança na ciência e compromete a prática científica. É um fenômeno emergente nas relações interpessoais e alimentado por conspirações e mentiras, conduzidas muitas vezes por lideranças populares e oportunistas. Os meios de comunicação de massa são importantes formadores de opinião na vida cotidiana, o que torna relevante pensar seu papel nesse contexto, sobretudo quando se pensa na rapidez que circula a informação nos meios digitais. O objetivo deste trabalho foi identificar as representações sociais da ciência na versão digital do jornal Folha de S. Paulo, promovendo uma discussão acerca dos fundamentos do discurso científico, do conhecimento do senso comum e do fenômeno do negacionismo. Tratou-se de uma pesquisa mista, com análises quantitativas e qualitativas, de caráter exploratório e do tipo documental. Para a análise de dados, utilizou-se o recurso da análise de similitude, disponibilizada pelo software de análise textual Iramuteq, e a técnica da análise de conteúdo, possibilitando a criação de categorias e subcategorias temáticas do material analisado. Com isso, foi possível realizar uma discussão conceitual das temáticas com o referencial teórico utilizado no trabalho. De maneira geral, as representações sociais na Folha foram positivas em relação à ciência, valorizando a sua difusão, a sua utilização como recurso em situações diversas e sua importância como princípio civilizatório. Foram expressas preocupações acerca da negação da ciência, além de críticas a essa conduta. Contudo, se teve pouco aprofundamento acerca do que se compreende sobre ciência e conhecimento científico. Foi uma defesa vaga, pontual e, algumas vezes, até conveniente. A defesa da ciência se deu bastante como retórica e pouco como forma de estimular a reflexão dos leitores. A discussão sobre a ciência é fundamental para quem valoriza seu conhecimento, sua difusão e pretende combater o negacionismo. Uma sociedade familiarizada e interessada na discussão da ciência na sua vida cotidiana é um caminho efetivo para desmobilizar a tendência negacionista. |