Transgressões no imaginário da prostituição nos desfiles-trottoir da grife Daspu
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8986 |
Resumo: | O presente estudo busca investigar a dimensão político-estética-comunicativa pretendida nos desfiles da grife Daspu, da organização de prostitutas Davida, constituindo-se como pesquisa qualitativa participante e considerando também o princípio da cartografia, com os quais discute, metodologicamente, a posição de ativista do pesquisador. Ao longo do trabalho, apoiado na interlocução com integrantes da marca (entrevistas em profundidade), em imagens e observação dos desfiles, e nos conceitos de imaginário, corpo, construção social da identidade, estigma, teoria da moda e do espetáculo, direitos sexuais e puta politics, entre outros, encontra indicações e conclusões. Entre elas, que os desfiles-trottoir, como aqui nomeadas as performances Daspu, são uma estratégia política, estética e comunicacional do movimento social de prostitutas que promove forte interação com o público e fortalece alianças, trazendo à passarela pessoas engajadas em diversas outras atividades; que eles afirmam a identidade social das prostitutas, ao mesmo tempo em que produzem um embaralhamento de identidades, confundindo o público e produzindo redução ou até dissolução do estigma nessas performances; e que pretendem, com esses recursos, perturbar e transgredir imaginários da prostituição. Ao final, o desfile-trottoir é uma convocação de igualdade e diversidade, simultaneamente, buscando o sentido original de trottoir como a calçada de todas as pessoas, na qual a prostituta circule e conviva sem estigma, inclusive ao praticar o seu modo de caminhar |