Caracterização morfológica, ultraestrutural e modelagem 3D de ovos embrionados de Trichuris muris
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20750 |
Resumo: | As geo-helmintoses são doenças negligenciadas desenvolvidas por nematoides que dependem do solo para o seu desenvolvimento completo. Segundo dados da OMS, estima-se que 1,5 bilhões de pessoas estejam infectadas por geo-helmintos no mundo. São doenças associadas a questões sociais e climáticas, afetando principalmente crianças em idade escolar. Dados do ultimo Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses, mostram uma proporção de 5,41% de positividade para tricuríase no país. A tricuríase é uma parasitose que atinge diversos mamíferos, possuindo impacto na medicina humana e veterinária. A espécie Trichuris muris é utilizada como modelo experimental para a tricuríse, onde seu ciclo se inicia com a ingestão de ovos embrionados pelo seu hospedeiro. Esse ovo possui três camadas visíveis por microscopia de luz. Este trabalho possui como enfoque objetivo caracterizar a ultraestrutura da casca de ovos embrionados e da larva L1 de Trichuris muris fixados por congelamento e submetidos a substituição à frio. Foram utilizados como métodos de preparação das amostras a fixação química convencional e a fixação física por congelamento por alta pressão seguido de substituição a frio. O material fixado quimicamente foi marcado com calceína e DAPI e analisado por microscopia de fluorescência, confocal e de alta resolução. Nos resultados obtidos por microscopia de luz (ML) foi possível visualizar as três camadas da casca compondo o ovo trilaminar (camada vitelínica, camada de quitina e camada lipídica). Foi possível identificar o esôfago na região anterior e células germinativas mais concentradas na região posterior da larva. Com base na microscopia de fluorescência, a calceína apresentou alta afinidade pela casca e pelo plugue polar, e a marcação com o DAPI permitiu a caraterização das células da larva L1. Através da série de imagens obtidas por confocal, foi realizada a reconstrução e modelagem das células germinativas, possibilitando a contagem das mesmas, totalizando 151 células em média por larva. Por MET, foi possível caracterizar as subcamadas da casca do ovo, mostrando que a camada vitelínica se apresenta como uma fina camada externa, enquanto a camada de quitina possui uma estrutura densa. A camada lipídica, mais interna, apresenta alta eletrondensidade, linear por toda extensão do ovo, totalizando um conjunto de 14 subcamadas. Os plugues apresentam-se como uma continuação da camada de quitina, entretanto com uma conformação distinta, além de se apresentarem mais internamente. Conclui-se que a fixação física e o uso das diferentes técnicas de microscopia foram importantes para caracterizar em detalhes a morfologia e morfometria das diferentes camadas da casca do ovo, além da caracterização de detalhes estruturais, morfológicos e das células germinativas presentes na larva L1 no interior dos ovos de T. muris. |