A determinação da taxa de câmbio flutuante: um ensaio econométrico aplicado ao Brasil para a trajetória do câmbio de 1999 até 2007
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Ciências Econômicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20455 |
Resumo: | A presente dissertação discute a trajetória da taxa de câmbio nominal durante o período compreendido entre janeiro de 1999 e dezembro de 2007. A literatura econômica destaca uma série de teorias – abordagens que pretendem explicar o comportamento da variável. Testamos nesta dissertação duas das principais teorias: a Teoria da Paridade do Poder de Compra (PPC) e a Abordagem Monetária, aplicando dentre outras técnicas econométricas, a Cointegração de Johansen e o Modelo Vetor de Correção de Erros (VECM). A PPC, que condiciona a trajetória da variável taxa de câmbio à diferença relativa entre os índices de preços entre os países e embora aceita como uma teoria de longo prazo, não conseguimos rejeitar a trajetória temporária dos desvios (resíduos) no referido período. Além disso, encontramos fortes indícios de que as variáveis são cointegradas de mesma ordem, produzindo resíduos estacionários no nível; assim a combinação linear entre elas é capaz de explicar o equilíbrio de longo prazo entre elas. O resultado envolveu índices de bens “tradebles”, confirmando a Lei de Preços Únicos (LOP) como hipótese forte da teoria. Os resultados dos testes com a Abordagem Monetária no período abordado não foram os esperados de acordo com a teoria. A teoria condiciona a cotação da taxa de câmbio ao movimento do saldo real em moeda em poder do público (M1), vis-à-vis o diferencial de taxa de juros. No entanto, encontramos fracos indícios de equilíbrio, tanto de longo prazo quanto de curto prazo. Em virtude das idiossincrasias do mercado cambial brasileiro e da expansão no período recente dos fluxos de capitais, comerciais e financeiros da economia brasileira, este trabalho propôs um modelo híbrido. Tomando como base a abordagem conta-corrente/portfólio e incluindo uma variável risco-país, além de manter os índices de suporte da PPC e trocar M1 por saldo do movimento de câmbio contratado, procuramos avaliar essas variáveis como aquelas que impactam a taxa de câmbio através da percepção dos fundamentos macroeconômicos pelos agentes econômicos. Concluímos que as variáveis explicativas do equilíbrio de longo prazo são a diferença de renda e a LOP, enquanto que o diferencial de juros e o saldo do movimento de capitais explicam o ajustamento de curto prazo. O destaque negativo ficou com a variável risco-país. Os resultados encontrados nessa dissertação reforçam o argumento de que a taxa de câmbio segue a paridade entre moedas, que a LOP entre bens “tradebles” não pode ser descartada e que os desvios da taxa de câmbio de equilíbrio são temporários e influenciados pelo tamanho da amostra. Os fundamentos econômicos importam e impactam com diferentes prazos a trajetória da taxa de câmbio. |