Uma carreira: as formas de acesso à Escola de Formação de Oficiais do Exército Brasileiro no período de 1905 a 1946
Ano de defesa: | 2008 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13012 |
Resumo: | Esta pesquisa sobre política e cultura no universo militar procurou investigar como, na História das Instituições de Ensino Superior Militar, a reforma de seus regulamentos e normas internas visou a construção de um projeto de modernização profissional do Exército Brasileiro, moldando atores políticos a fim de consolidar a Instituição e o regime republicano através da reorganização constante do modelo de ensino empregado nas suas Escolas de Formação de Oficiais. As constantes mudanças no sistema de educação estavam contextualizadas pelos momentos históricos e políticos que o Estado brasileiro atravessava durante a primeira metade do século XX, e, principalmente, pelo medo do movimento comunista que interferiu na construção do Estado autoritário de Vargas ao longo dos anos 1930. Com efeito, o estudo propõe compreender quais modelos de organização a Escola Militar adotou no processo de seleção e de formação do quadro de Oficiais ao longo da primeira metade do século XX. Para fundamentar esta pesquisa, fez-se necessário adotar um procedimento empírico cujo levantamento documental privilegiou diversas fontes, a saber: processos individuais para o ingresso na Escola Militar, regulamentos que organizaram o funcionamento do ensino militar, documentos internos Institucionais, acervos pessoais, artigos de revistas militares, livros e artigos de memória da Instituição. A análise do corpus documental permitiu identificar que os modelos de ensino e as reivindicações de militares nas mudanças dos regulamentos estavam em consonância com cada momento histórico vivido. Na fase de 1905 a 1913, os regulamentos prescreveram, ainda, que o ensino fosse ministrado a partir de modelos cujas bases teóricas precediam os exercícios práticos. Estes ficaram em segundo lugar em relação às bases teóricas, o que implicou conseqüências na formação do Oficial do Exército, mantendo frágil o limite ente a esfera civil e a militar. Na fase de 1913 a 1929, os modelos foram encadeados e propuseram que o ensino fosse teórico-prático ou mais prático do que teórico e que o conhecimento fosse apreendido do concreto para o abstrato. Os resultados de tal empreendimento transitaram da formação de um modelo educacional teórico-cientificista em que predominavam a matemática e as ciências naturais, que os afastava das questões militares, para um modelo profissional mais prático e objetivo, o que suscitou mudanças na cultura política institucional que levaram nos anos 1930 e 1940 à construção de padrões de discriminações no processo de seleção dos candidatos às Escolas Militares |