Aborto em pauta: corpo e emoções na imprensa brasileira do século XIX ao século XXI
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8846 |
Resumo: | A pesquisa consiste em um estudo acerca das narrativas sobre o fenômeno do aborto espontâneo e voluntário, em jornais do Rio de Janeiro, em um intervalo histórico que compreende momentos dos séculos XIX (1830, 1840 e 1890), XX (1940 e 1970) e XXI (2004 e 2005). Parte-se do referencial teórico das mediações, segundo o qual os meios de comunicação possuem densidade cultural e participam da ordenação da realidade social. Também integra a fundamentação teórica a perspectiva antropológica das emoções, que compreende os afetos e sentimentos como fenômenos moldados culturalmente. As referências teóricas apoiam-se ainda em conceitos como imaginário e corpo, na medida em que os debates sobre interrupção da gravidez mobilizam inúmeras formas de saberes e conhecimentos, ao mesmo tempo em que tais debates desenvolvem-se em termos emotivos nos quais a corporeidade constitui um elemento simbólico e social central. São analisados textos, artigos, chamadas, títulos, localização editorial e imagens. A metodologia parte da pesquisa documental em direção ao procedimento de análise de narrativas. Ao longo dos capítulos, cada período em análise é detalhado em suas particularidades históricas, contextos sociais e jurídico-legais. Nesse sentido, o que se observa é que o tema do aborto constitui um assunto multifacetado, porque ao longo de dois séculos reúne personagens sociais variados, como operadores do direito, religiosos, médicos e feministas, que debatem tendo como referência argumentos igualmente variados, que colocam em cena aspectos filosóficos, morais, demográficos, sanitários, jurídicos, teológicos, biomédicos e bioéticos, entre outros. Também é importante destacar que a trajetória narrativa do tema constitui uma brecha para a descrição e análise da realidade social e das tensões políticas em que o aborto está inserido. Desse modo, o objetivo desta tese foi oferecer ao campo da Comunicação um panorama dos debates sobre aborto no jornalismo brasileiro, o que amplia e enriquece o campo de pesquisa sobre interrupção da gravidez em suas dimensões interdisciplinares |