Atividade probiótica de Bifidobacterium animalis e Lactobacillus casei na imunomodulação e na aderência de Escherichia coli enteroagregativa (EAEC) em células intestinais Caco-2
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20071 |
Resumo: | Escherichia coli enteroagregativa (EAEC) é um patotipo de E. coli que possui o padrão de aderência agregativo em células cultivadas in vitro, relacionado principalmente a casos de diarreia persistente infantil. Probióticos são microrganismos vivos não patogênicos que conferem benefícios à saúde. Estes organismos usualmente promovem proteção contra patógenos, vivendo naturalmente na microbiota e são comumente encontrados em alimentos fermentados, como em laticínios. Bactérias probióticas possuem atividade contra patógenos de origem alimentar, sendo capazes de promover redução da formação de biofilme, inibição de adesão e lesão em células cultivadas in vitro, prevenção de diarreia de modelos in vivo e também imunomodulação. No presente estudo foi avaliada a atividade probiótica de duas espécies bacterianas na virulência de cepas de EAEC. As espécies probióticas Bifidobacterium animalis DN 173010 (Danone®) e Lactobacillus casei Shirota (Yakult®) foram avaliadas quanto à capacidade de imunomodulação e interferência na aderência das cepas de EAEC 042, 1500, H92/3 e I49 em células da linhagem Caco-2, em ensaios de co-cultivo. As células Caco-2 foram submetidas à infecção por cepas de EAEC, na presença e na ausência de ambos os probióticos, separados e em conjunto. As cepas de EAEC estudadas induziram o intenso aumento da produção de IL-8 pelas células Caco-2 infectadas, o que não foi observado com as outras citocinas. Em condição de sinergismo, as cepas probióticas se mostraram capazes de modular a produção das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6, TNF-α e IL-10 por células Caco-2 infectadas com EAEC. No entanto, as cepas probióticas não foram capazes de modular a produção de IL-8. O aumento da produção de TNF-α, tanto por células infectadas quanto por não infectadas com EAEC, foi induzido pelos probióticos. Os probióticos reestabeleceram a produção da citocina anti-inflamatória IL-10 na infecção por EAEC. As cepas de EAEC apresentaram números de aderência quantitativa a células Caco-2 variados quando em co-cultivo com probióticos juntos e separados, tendo sua aderência aumentada ou diminuída em tapetes celulares diferenciados e não diferenciados. As cepas probióticas foram capazes de aderir a células Caco-2 diferenciadas e não diferenciadas de maneira semelhante. Estes resultados sugerem que a presença de probióticos pode interferir de maneiras variadas na infecção por cepas de EAEC distintas. O presente estudo se mostrou importante para elucidar o papel que a atividade probiótica de cepas bacterianas exerce na infecção por EAEC. |