Relação entre índice de massa corporal e tireotrofina sérica em mulheres eutiróideas residentes no município do Rio de Janeiro: diferenças segundo tabagismo, raça e menopausa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Souza, Amanda de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
TSH
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4435
Resumo: As disfunções tireoidianas estão associadas com alterações no peso corporal, no entanto, não está estabelecido na literatura se pequenas alterações na função tireoidiana dentro dos valores de referência das concentrações séricas de tireotrofina (TSH) poderiam afetar o índice de massa corporal (IMC). A associação entre as concentrações séricas de TSH e o IMC em indivíduos eutireóideos tem sido foco de recentes e conflitantes estudos e uma possível explicação para os achados conflitantes é a existência de subgrupos da população onde essa associação se expressa de forma diferente. O objetivo desse trabalho foi investigar a associação entre o IMC e as concentrações séricas de TSH em mulheres com função tireoidiana normal e avaliar possível modificação de efeito da associação entre IMC e as concentrações séricas de TSH pelo tabagismo, menopausa e raça. Os dados foram obtidos em um estudo de base populacional realizado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, entre junho de 2004 e abril de 2005, com amostragem probabilística por conglomerado em três estágios. No primeiro estágio foram selecionados 100 setores censitários, no segundo 15 domicílios de cada setor e no terceiro uma mulher por domicílio. Das 1500 mulheres com 35 anos ou mais selecionadas, 1298 participaram do estudo, dentre estas, 1084 apresentavam função tireoidiana normal. Uma associação positiva e estatisticamente significante foi observada entre o IMC e o TSH sérico (β=0,90; p-valor=0,02) na população como um todo. A análise exploratória de subgrupos com diferentes graus de associação foi obtida pela análise de interações estatísticas. Os subgrupos de mulheres na pré-menopausa (β=1,04; p-valor=0,04), de raça negra (β=1,39; p-valor=0,14) e fumantes (β=1,78; p-valor=0,04), apresentaram associações de maior magnitude. Em conclusão, o TSH parece ter um papel modulador das mudanças no peso corporal, mesmo em mulheres com função tireoidiana normal. O tabagismo e a raça são fortes modificadores de efeito da associação entre TSH e IMC e futuros estudos devem considerar estes fatores.