“Tão ousada quanto você. Tão colorida quanto o Brasil.” O uso de estruturas correlatas como estratégia discursivo-argumentativa em headlines: uma análise semiolinguística do discurso publicitário
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16729 |
Resumo: | Entendendo ser a correlação um processo sintático distinto da coordenação e da subordinação, e seguindo a BNCC e os Parâmetros Curriculares Nacionais, segundo os quais o ensino deve privilegiar a multiplicidade de gêneros textuais, a fim de oportunizar um ensino interativo e letrado, o presente trabalho tem como objetivo principal demonstrar como estruturas correlativas são utilizadas em peças publicitárias, como uma estratégia discursivo-argumentativa e semântico-pragmática de persuasão, na construção da argumentação principal de headlines. Para tanto, foi selecionado um corpus composto de 30 anúncios publicitários, tendo sido escolhidas as 20 melhores peças para análise. Esses anúncios foram extraídos da internet e de mídias impressas e selecionados por apresentarem estruturas correlatas diversas, com a finalidade de demonstrar diferentes possibilidades argumentativas dessas construções. Para explicar o funcionamento da interação comunicativa, tomou-se como base os pressupostos teóricos da Teoria Semiolinguística. Para o tratamento do discurso publicitário, buscou-se suporte em autores como Charaudeau (2007), Monnerat (2013, 2008, 2003, 2001), Pinto (2012, 1997), dentre outros. Para explicar o processo sintático da Correlação, tomou-se como base os estudos de Oiticica (1923; 1942; 1952), Rodrigues (2016, 2014, 2013, 2002a, 2002b, 2015), Rosário (2017, 2012, 2009, 2010, 2019), Módolo (2012, 2005a, 2005b, 1999) e Pauliukonis (2001, 1996, 1995, 1988). As investigações comprovaram, além de outros fatores, que o discurso publicitário é detalhadamente planejado, deixando de ser um simples veículo informacional e divulgador de produtos, para se preocupar, sobretudo, em construir, ao redor das mercadorias, um universo mágico que faz com que o indivíduo acredite delas depender para ser feliz. No que se refere à correlação, as análises revelaram que o papel da correlação na publicidade é altamente motivador, uma vez que exerce uma grande força argumentativa na construção da persuasão, própria da mensagem publicitária, sendo essa força oriunda, conforme postulou Pauliukonis (1995, 1996), da tensão resultante do enlace correlato de dois termos, o que comprova que as estruturas correlatas não serviriam apenas a propósitos sintáticos, mas teriam também uma função argumentativa, estando a serviço da construção dos sentidos necessários para que o sujeito enunciador alcance seu objetivo maior: a compra do produto anunciado ou a aceitação de uma ideia. Assim, o uso de propagandas que utilizam estruturas correlatas na construção de sua argumentação principal demonstrou ser um recurso altamente relevante no processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, por oportunizar ao discente seu desenvolvimento não só no âmbito linguístico, como também no âmbito discursivo-pragmático |