Displacement and (un)belonging: the pathways of diasporic women in Small Island, Kehinde and Brick Lane
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20245 |
Resumo: | Esta tese visa analisar a sensação de deslocamento e a busca por pertencimento das protagonistas dos romances Small Island (2004a), de Andrea Levy, Kehinde (1994), de Buchi Emecheta e Brick Lane (2003), de Monica Ali, no contexto pós-colonial de Londres. Hortense, Kehinde e Nazneen migram para Londres por razões diferentes, vindo de três ex-colônias britânicas (Jamaica, Nigéria e Bangladesh, respectivamente) e em momentos históricos distintos. Em Small Island, Andrea Levy focaliza as expectativas e frustrações da geração Windrush na chegada à Inglaterra após a segunda guerra mundial. Em Kehinde, Buchi Emecheta descreve as dificuldades enfrentadas por mulheres africanas aprisionadas em papéis tradicionais em uma estrutura patriarcal. Em Brick Lane, Monica Ali revela os desafios da experiência diaspórica de uma mulher que migra de Bangladesh para Londres por meio de um casamento arranjado. As experiências de deslocamento e adaptação dos personagens são diretamente afetadas por questões relacionadas ao gênero, raça, classe, e etnia como constituintes identitários importantes. Textos de Avtar Brah, James Clifford, Sandra Almeida e Susan Friedman, entre outros, são utilizados para investigar a natureza da diáspora gendrada e a sua articulação com elementos espaciais e temporais. A sobreposição do pós-colonialismo e feminismo é estudada através da análise dos trabalhos de teóricos como Elleke Boehmer, Deepika Bahri, Chandra Mohanty e Gayatri Spivak. O papel crucial desempenhado pela cidade de Londres nas narrativas – considerando as diferentes cronologias – também é analisado, com foco na complexidade dos processos de mudanças culturais e sociais que a cidade tem enfrentado desde a intensificação dos movimentos migratórios, especialmente após a segunda guerra mundial. Textos de Doreen Massey e Saskia Sassen são trabalhados com o objetivo de investigar os efeitos dos processos diaspóricos e de globalização na configuração espacial da cidade de Londres. Os três romances exploram os aspectos multiculturais de Londres, revelando uma história de discriminação, resistência, transformação e criatividade. Definições de multiculturalismo e cosmopolitismo são articuladas com a discussão sobre as políticas migratórias excludentes presentes na Grã-Bretanha. Tais medidas restritivas refletem o pensamento discriminatório e racista da sociedade britânica contemporânea. O caráter fluido das identidades é outro aspecto que pode ser observado nas trajetórias pessoais das três protagonistas. Textos de Stuart Hall e Zygmunt Bauman são estudados e relacionados com as narrativas. Esta tese também é guiada pelo conceito de geografias emocionais, desenvolvido por Joyce Davidson e Christine Milligan. Ao revelar como os deslocamentos das protagonistas afetam a sua sensação de ser no mundo, essas narrativas transgridem as fronteiras geográficas de pertencimento, colocando o movimento, a instabilidade, e o processo de transformação no seu centro |