Ensinar, não ensinar ou o que ensinar ? incertezas do professor implicado na era da submissão da educação ao mercado
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15119 |
Resumo: | O presente estudo procura discutir como a formação de professores em nível superior pode desenvolver alternativas à repetição do mesmo e à naturalização da convivência com as contradições entre práticas discursivas e não-discursivas, tão comuns nos processos de ensino. As análises indicam que as estratégias de enfrentamento desejáveis pressupõem a crítica e a problematização como metodologia e como categorias do pensamento a serem desenvolvidas pelos educandos. O eixo central que atravessa o trabalho relaciona dispositivos pedagógicos e processos de subjetivação, especialmente aqueles responsáveis pela formação do sujeito/profissional, localizados no ensino superior. Propõe-se examinar os limites e as implicações dos instrumentos pedagógicos utilizados com o projeto de sociedade que objetivam pôr em prática. A formação dos futuros trabalhadores/professores é problematizada, considerando-se a submissão da educação aos interesses do mercado e à lógica neoliberal, reforçada pela relevância adquirida por noções como competência e empregabilidade. Além disso, aponta as contradições das propostas oficiais para a formação docente quando defendem a formação deste profissional em instituições de nível superior e, ao mesmo tempo, incentivam a criação de instituições destinadas à profissionalização do professor. Conceitos como crítica, reflexão e problematização ganham centralidade, estabelecendo-se a diferença entre uma pedagogia marcada pela reprodução e outra pela produção de modos de subjetivação diversos, comprometidos com a autonomia, a responsabilidade social e a solidariedade. Suscitada por estas análises, a questão do conteúdo e da forma da educação como promotores de mudanças se impõe. Finalizando, coloca em discussão duas premissas da educação: o saber do professor como condição necessária ao ensino e o paradigma que correlaciona de forma direta idade e senso de responsabilidade na tentativa de justificar ações pedagógicas heterônomas. |