Avaliação dos efeitos dos exercícios de vibração de corpo inteiro em indivíduos com síndrome metabólica através da análise da funcionalidade, da qualidade de vida e do nível de dor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Domingos, Laisa Liane Paineiras
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8525
Resumo: Exercícios de vibração de corpo inteiro (EVCI) são gerados ao contato de um indivíduo com a base de uma plataforma oscilante/vibratória (POV) em funcionamento, produzindo vibrações mecânicas transmitidas para todo o corpo. Inúmeros são os efeitos dos EVCI em diferentes populações, como em indivíduos com diabetes, hipertensão e obesos. Parâmetros biomecânicos precisam ser ajustados como: a frequência (f); a amplitude (A) ou o deslocamento pico-a-pico (DPP); a aceleração de pico; o tempo de trabalho (TT) intercalado com tempo de repouso (TR); o posicionamento na POV; o tipo de movimento sobre a POV; o número de sessões, de exposições (bouts) e o intervalo entre as sessões. Estudos relacionam a inatividade física e o desenvolvimento da síndrome metabólica (SMet), e sugerem os EVCI como uma opção de intervenção, por serem considerados uma modalidade de fácil execução. A SMet é caracterizada por um conjunto de condições clínicas indesejadas como o aumento de circunferência abdominal, a dislipidemia, a hipertensão, e o diabetes, como considerados critérios de diagnóstico de acordo com a International Diabetes Federation (IDF). Em geral, indivíduos com SMet apresentam obesidade, um alto risco para desenvolver doenças cardiovasculares e resistência insulínica, além de uma alteração na concentração do hormônio de crescimento (HC). No entanto, respostas como a melhora de flexibilidade e de parâmetros clínicos como a pressão arterial e frequência cardíaca, além da redução da dor aguda já foram descritos como efeitos dos EVCI na SMet. O objetivo desse trabalho foi apresentar uma revisão sistemática sobre os efeitos dos EVCI na concentração do HC, além de avaliar esses efeitos na funcionalidade, na dor crônica e na qualidade de vida (QV) de indivíduos com SMet. Os indivíduos foram captados durante avaliação no setor de Clínica Médica do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, de acordo com os crítérios de diagnóstico da SMet definidos pela IDF. Foram analisados a funcionalidade (equilíbrio, marcha e força de membros inferiores), por meio do Short Physical Performance Battery; a QV por meio do World Health Organization Quality of Life questionnaire e o nível de dor crônica, informado pelos indivíduos através da Escala Numérica de Dor. A POV utilizada tinha um deslocamento alternado e os parâmetros determinados foram: f de 5 à 14 Hz; DPP de 2,5, 5 e 7,5 mm; posicionamento estático, em pé com flexão de joelho à 130º e pés descalços; num total de 18 minutos de exposição aos EVCI por sessão; com TT de 1 minuto, intercalado com TR também de 1 minuto; 2 vezes por semana, até completarem 10 sessões. Na revisão sistemática foi verificado que os EVCI, quando realizados com altas f (Hz) são capazes de alterar a concentração plasmática do HC. Melhoras da funcionalidade, da QV e uma significativa redução da dor crônica também foram observados. Conclui-se que os EVCI podem ser adicionados ao programa de reabilitação dos indivíduos com SMet, por serem viáveis e promover a melhor funcional desta população.