“Cada outro é cada outro”: do currículo e diferença em quilombola do Arrojado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Maria do Socorro dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18399
Resumo: O texto-tese anuncia um exercício de responder à (im)possibilidade de uma narrativa autobiográfica minha com os quilombolas do Arrojado, localizado na cidade de Portalegre, interior do Estado do Rio Grande do Norte. Tomada pela interpelação “É possível uma autobiografia?”, a escrita carrega a minha experiência memorada e re-memorada de acontecidos no quilombo do Arrojado. E, nela, borramentos para pensar o reconhecimento, a identidade, a nomeação, os critérios de cor, a raça, a manifestação religiosa, a política curricular e o aparecimento dos corpos como reivindicação para uma vida mais vivível – fazendo relação da vida dos Arrojados com minha própria vida. Trata-se, portanto, de diferentes sentidos e significados para os acontecimentos que envolvem minha vida como mulher, de cor clara – nomeada como branca –, com os quilombolas do Arrojados, de nomeação morena. O que apresento ora chamo de narrativa, ora de narrativa autobiográfica, ora de autobiografia. São apenas nomeações, mas que, seja qual for a forma usada, foge à descrição densa e à linearidade para qualquer acontecido. Ela não apresenta um processo consciente e sensível as experiências, pois o que está em jogo é a linguagem da subjetividade. Essa condição carrega as proposições de estudos de Janet Miller (2010; 2014; 2021) com autobiografia em perspectiva pós-estrutural. No esforço da narrativa, o que ela orienta é permanecer desorientada para qualquer versão de história e de si mesma. Herdeira desse pensamento, parcial naquilo que narro, faço a defesa para outras formas de pensar a teorização curricular e a política curricular da educação em quilombolas. Minha aposta está sujeita ao imprevisível e indecidível da vida em que resista ao que pareça ser uma realidade transparente e universal.