Magnetismo observado por espectroscopia Mössbauer no supercondutor BaFe1,908 As2Ni0,092

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cardoso, Fernando Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Física Armando Dias Tavares
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23603
Resumo: A supercondutividade em materiais magnéticos ainda é um tema que intriga os cientistas, pois historicamente, o que se sabia era que o magnetismo quebrava os pares de Cooper e destruía a supercondutividade. Em 2006 foi descoberto um composto baseado em ferro que possui uma fase supercondutora, depois disso diversos compostos baseados em ferro foram criados apresentando o fenômeno da supercondutividade. Estes novos compostos são um novo tipo de supercondutores não convencionais e despertam o interesse na comunidade acadêmica pois o ferro é um elemento muito abundante no planeta, e um novo desafio é tentar entender como a supercondutividade interage com o magnetismo, ainda não existe uma teoria unificada sobre essa nova gama de compostos, de modo que, possa explicar como a supercondutividade pode coexistir ou competir com o magnetismo. Neste trabalho foi estudada uma amostra supercondutora de BaFe0,908As2Ni0,092 usando a técnica de espectroscopia Mössbauer do 57Fe a diferentes temperaturas. Os espectros foram ajustados de duas formas diferentes e os resultados foram analisados. Foi determinado um campo magnético hiperfino que surge aproximadamente a 40 K, aumenta gradativamente chegando até o máximo de 1,45 Tesla quando a temperatura diminui aproximadamente a temperatura de 18 K a partir da qual volta a decrescer. Foi observado que o valor máximo do campo magnético hiperfino coincide com valor da temperatura de transição supercondutora. O comportamento indica a existência de uma competição entre a supercondutividade e o magnetismo, pois o início da fase supercondutora perturba os momentos magnéticos do ferro de modo que o campo magnético hiperfino decai e isso vem acompanhado de um decréscimo da fração magnética da amostra.