O coordenador pedagógico como articulador de práticas inclusivas nos anos finais ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rosário, Gabriela Chem de Souza do lattes
Orientador(a): Papi, Silmara de Oliveira Gomes lattes
Banca de defesa: Schneckenberg, Marisa, Cruz, Gilmar de Carvalho, Tassa, Khaled Omar Mohamad El, Madrid, Silvia Christina de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3198
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo geral analisar a atuação do Coordenador Pedagógico em relação à prática docente na perspectiva da inclusão dos alunos público-alvo da Educação Especial nos anos finais do Ensino Fundamental. Para tal, delineou-se como objetivos específicos: identificar as estratégias inclusivas desenvolvidas por Coordenadores Pedagógicos nos anos finais do Ensino Fundamental; verificar as alternativas existentes no âmbito escolar para a atuação do Coordenador Pedagógico em relação ao processo inclusivo; e compreender as concepções de Coordenadores Pedagógicos e professores sobre a inclusão. Os pressupostos epistemológicos da pesquisa fundamentam-se na compreensão da teoria como expressão da prática, conforme indicado por autores como Martins (1989, 1998, 2000) e Santos, O. (1992). O referencial teórico estudado a respeito da coordenação pedagógica escolar desenvolveu-se a partir dos estudos de Franco (2016a, 2016b), Libâneo (2002, 2004, 2010), Macedo (2016), Saviani (2008, 2011), Pinto (2011) e Placco (2014), entre outros. O embasamento teórico para a compreensão da inclusão dos alunos público-alvo da Educação Especial baseou-se em autores como: Carvalho (1997, 2008), Mantoan (2018), Sassaki (1997), Silva, Aline (2012). Alguns documentos e legislações como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) também foram consultados. A pesquisa teve a abordagem qualitativa fundamentada em Bogdan e Biklen (1994) e foi realizada em quatro escolas estaduais da cidade de Ponta Grossa, Paraná. Teve como participantes oito Coordenadoras Pedagógicas e 15 professores de salas de aula do ensino regular e de sala de recursos multifuncionais. Os dados foram coletados por meio de observação participante, questionários semiestruturados e análise documental, os quais foram tratados a partir da análise de conteúdo de Bardin (1977). Os dados coletados foram organizados em seis categorias que emergiram a partir desses dados, a saber: concepções sobre inclusão; atuação burocrática da coordenação pedagógica: implicações para a inclusão dos alunos público-alvo da Educação Especial; atuação da coordenação pedagógica em relação aos alunos público-alvo da Educação Especial; articulação entre os docentes e família dos alunos público-alvo da Educação Especial pela coordenação pedagógica; ações da coordenação pedagógica direcionada aos professores; e a fragilidade do planejamento da coordenação pedagógica e suas implicações à inclusão dos alunos público-alvo da Educação Especial. O âmbito escolar apresentou-se como um espaço de possibilidades às práticas inclusivas, e as Coordenadoras Pedagógicas, devido à especificidade de sua função, foram percebidas como articuladoras em potencial para tais práticas. Ainda que as ações constatadas possuam limitações e pontos frágeis, é necessário considerá-las diante das contradições existentes nas instituições e no relacionamento entre os sujeitos. Assim, certamente, não há como responsabilizar as Coordenadoras por todas as demandas da inclusão, mas destaca-se que elas são centrais para que o paradigma inclusivo seja efetivado.