O poeta romântico na prosa do século XIX em dois contos machadianos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lopes, Bianca Meira lattes
Orientador(a): Harmuch, Rosana Apolonia lattes
Banca de defesa: Muller, Andréa Correa Paraiso, Pavanelo, Luciene Marie, Oliveira, Silvana
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Departamento: Departamento de Estudos da Linguagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2777
Resumo: Refletindo sobre as diversas personagens escritoras ficcionais presentes na obra de Machado de Assis, este trabalho propõe uma compreensão a respeito da funcionalidade dessas figurações no âmbito do contexto literário do século XIX. Como a temática é muito ampla na literatura do escritor, restringimo-nos a tratar neste estudo mais especificamente dos poetas românticos da ficção, assunto que será aprofundado com a análise de dois contos machadianos: ―Aurora sem dia‖ (1870) e ―Vênus! Divina Vênus!‖ (1893). Na primeira narrativa temos como protagonista Luís Tinoco e na segunda, Ricardo, ambos escritores de uma poesia açucarada, que estava em degradação no final daquele século. Para entendermos a insistência do Bruxo do Cosme Velho em criar esse tipo de personagem, discutiremos sobre seu coerente projeto literário, que consistiu em contribuir para a formação de uma nova literatura e de um leitorado para ela. Isso será visualizado através da crítica literária machadiana bem fundamentada que se expandiu na própria ficção do autor, visto que os dois trabalhos de Machado se relacionam. Aquilo que ele defende em sua crítica aparece em suas narrativas, dando continuidade às suas ideologias enquanto um pensador de sua época e sobretudo, da literatura do século XIX. Sendo assim, a presença de personagens poetas românticos nos diz muito sobre a atmosfera literária em que Machado estava inserido.