Análise histológica comparativa da fixação de enxerto autógeno com parafuso e adesivo à base de cianoacrilato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ribeiro, Livia lattes
Orientador(a): Nardino, Marcela Claudino da Silva lattes
Banca de defesa: Araújo, Melissa Rodrigues de lattes, Scomparin, Dionízia Xavier lattes, Silva, Robinson Sabino da lattes, Franco, Gilson Cesar Nobre lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2903
Resumo: A reabilitação de áreas edêntulas atróficas requer o uso de enxerto ósseo em bloco. O método mais empregado para fixação dos blocos ósseos são os parafusos de titânio. Entretanto, o uso destes dispositivos de fixação apresenta desvantagens, incluindo a necessidade de remoção, risco de fratura e formação de artefatos em exames imaginológicos. A utilização de adesivos teciduais a base de cianoacrilatos vem sendo sugerida como alternativa ao uso de parafusos na fixação de enxertos ósseos autógenos. Este trabalho tem como objetivo comparar histologicamente o leito receptor de blocos de enxertos ósseos autógenos fixados com adesivos à base de etil-cianoacrilato em relação à fixação com parafusos de titânio. Foram utilizados 24 coelhos machos adultos, nos quais foram realizados dois defeitos cirúrgicos de 8mm na região dos ossos parietais, lateralmente à sutura sagital mediana. A fixação dos blocos de osso autógeno foi realizada na região posterior do osso parietal com parafuso e adesivo. Foram realizados 2 defeitos em cada parietal, sendo que um dos defeitos foi direcionado ao grupo parafuso e o outro defeito ao grupo adesivo. Os grupos parafuso e adesivo foram subdivididos de acordo com os períodos experimentais de 60 e 75 dias, com n=6 em cada grupo e em cada tempo. A análise histológica avaliou a interface osso – enxerto, avaliando as áreas de tecido ósseo e mole. Nas áreas de tecido ósseo foram avaliados os seguintes critérios: osso maduro, osso imaturo, lacunas vazias, lacunas preenchidas por osteócitos, espaços vazios, medula óssea, áreas de necrose, osteoclastos, osteoblastos e vasos sanguíneos. E nas áreas de tecido mole adjacente foram avaliados: fibras colágenas, fibroblastos, vasos sanguíneos, células inflamatórias, células gigantes multinucleadas, osteoblastos, osteoclastos, espaços vazios e áreas de necrose. Foi observado aumento na densidade de volume de osso imaturo (p=0,0026) no grupo adesivo em relação ao grupo parafuso no período de 75 dias. E o grupo parafuso 75 dias apresentou diminuição na densidade de volume de osso imaturo quando comparado ao grupo parafuso 60 dias (p=0,0184). Não foram observadas diferenças nos componentes teciduais dos tecidos moles e na resposta inflamatória adjacente do leito receptor de enxerto autógeno fixado com parafusos de titânio e com adesivos a base de cianoacrilato após 60 e 75 dias. Foi possível concluir que o uso do parafuso e o etil-cianoacrilato foram equivalentes na fixação de blocos ósseos autógenos. A maior presença de osso imaturo no grupo adesivo 75 dias sugere uma maturação ósseo mais lenta com uso do adesivo.