Efeito da extração com Solventes Eutéticos Profundos associada a Radiação Gama na estabilidade de antocianinas de maçã

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Andreia Gapski Ferreira dos lattes
Orientador(a): Alberti, Aline lattes
Banca de defesa: Nogueira, Alessandro lattes, Ito, Vivian Cristina lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Setor de Ciências Agrárias e Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3834
Resumo: O epicarpo da maçã é uma fonte valiosa de fitoquímicos, com destaque aos polifenóis, que estão mais concentrados nesta parte da fruta. As antocianinas são um exemplo destes compostos, as quais são responsáveis pela coloração vermelha, característica das maçãs. Estes compostos podem ser extraídos com Solventes Eutéticos Profundos - DES, que são biodegradáveis e possuem grande potencial de extração. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a extração com solventes eutéticos profundos e o efeito da radiação gama na estabilidade de antocianinas de maçã. Inicialmente, a extração das antocianinas do epicarpo fresco de maçãs Fuji Suprema foi realizada usando sete solventes, sendo eles: Etanol 70% acidificado com HCl (1%); Metanol 70% acidificado com HCl (1%); DES 1 composto por Cloreto de Colina (ChCl) e propilenoglicol; DES 2 composto por ChCl e ácido tartárico; DES 3 composto por ChCl e ácido cítrico; DES 4 composto por ChCl e ácido málico e DES 5 composto por ChCl e glicerol. Dentre estes, os três solventes com melhor extração de antocianinas, foram expostos à radiação gama nas doses de 0,5 e 1,0kGy. Uma amostra do epicarpo foi irradiada nas doses citadas anteriormente, para posterior extração com os mesmos solventes. Em seguida, a estabilidade dos extratos foi analisada, frente a luz e temperatura (60oC, 70oC, 80oC e 90oC) em relação ao conteúdo de antocianinas monoméricas totais, pelo método de pH diferencial e por CLAE. A atividade antioxidante por DPPH e o conteúdo de compostos fenólicos totais foram analisados. Os melhores solventes extratores de antocianinas foram: Etanol 70% acidificado (1%) com HCl (20,55 mg de cianidina-3-glicosideo/g massa seca); DES 1 composto por ChCl e propilenoglicol (20,82 mg de cianidina-3-glicosideo/g massa seca) e DES 2 composto por ChCl e ácido tartárico (22,22 mg de cianidina-3-glicosideo/g massa seca). Os extratos irradiados tiveram maior teor de Antocianina Monomérica Total - AMT (até 14% a mais) do que os não-irradiados. Na cinética de degradação, obteve-se uma redução significativa no teor de antocianinas logo nos 30 min iniciais, e isso ocorreu em todos os extratos analisados, independente de dose de radiação ou do solvente. Nas temperaturas de 80oC e 90oC as antocianinas chegaram próximo a serem totalmente degradadas. Os extratos realizados com o epicarpo irradiado, mostraram-se mais estáveis à degradação frente a temperatura (60oC e 70oC) e a luz. A exposição à luz e à temperatura diminuiu os Compostos Fenólicos Totais e a atividade antioxidante pelo método de DPPH. A extração com DES bem como, a aplicação de radiação, mostrou-se promissora na extração de antocianinas do epicarpo da maçã, mostrando potencial para uso na indústria.