Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cesar, Tamires Regina Aguiar de Oliveira
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Orientador(a): |
Silva, Joseli Maria
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Banca de defesa: |
Ornat, Marcio José
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Mello, Adriana Jacobsen,
Ferreira, Maria Eduarda Pereira da Costa,
Silva, Maria João de Jesus Duarte |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Doutorado em Geografia
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Departamento: |
Departamento de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2824
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Resumo: |
A minha tese doutoral teve como questão central ‘Como o gênero compõe as trajetórias acadêmicas de pessoas centrais na produção do conhecimento geográfico brasileiro?’. Para conhecer quais eram os (as) pesquisadores (as) centrais no campo científico geográfico brasileiro, e como o gênero era um elemento constituinte de suas trajetórias científicas, necessitei trabalhar com uma metodologia que fosse suficiente para analisar além dos dados quantitativos, mas principalmente os dados qualitativos. Por isto em parceira com o GETE construímos o Observatório da Produção Geográfica Brasileira, que armazenou 17.636 artigos extraídos de 90 periódicos on-line, classificados no triênio 2013-2015. Em um segundo momento filtrei esses dados a partir de um desvio padrão, o qual no final das análises me trouxe o número de 52 pessoas centrais na construção das narrativas da Geografia brasileira. Destes pesquisadores (as), consegui realizar 16 entrevistas (sendo 7 homens e 9 mulheres) analisadas com profundidade. A metodologia de Silva e Silva (2016) possibilitou a compreensão da inteligibilidade do fenômeno. As redes semânticas do discurso masculino ressaltam que os homens mantêm uma estrutura discursiva pouco conectada entre mundo profissional e vida familiar, construindo uma trajetória voltada para o mundo do trabalho científico, secundarizando as relações familiar. Contudo, as redes semânticas do discurso feminino evidenciam que as mulheres apresentam dificuldades na separação do universo acadêmico e familiar, mantendo desta forma, um discurso complexo ao longo de suas trajetórias que nem sempre são de harmonia e sim conflitivas. A tese apresenta que o campo científico se estrutura em relações cotidianas de poder, as quais permanecem organizadas em geometrias de poder. Essa configuração acaba por tensionar as relações dos sujeitos corporificados, e consequentemente a capacidade de influenciar o campo e suas formas de experienciar o fazer científico. |