Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Costa, Bruno Margueritte
 |
Orientador(a): |
Okuno, Nilo Massaru
 |
Banca de defesa: |
Silva, Adriano Eduardo Lima
,
Ferro, Marcelo Machado
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas
|
Departamento: |
Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3742
|
Resumo: |
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se por ser uma condição onde os pacientes possuem dispneia e intolerância ao esforço. Essas características tendem a tornar os pacientes mais sedentários, formando um ciclo de descondicionamento. Em outras populações, a cafeína (CAF) se mostrou como um recurso ergogênico interessante, todavia, não se tem estudos na DPOC. Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar a influência da CAF na tolerância ao esforço físico, na variabilidade de frequência cardíaca (VFC) e frequência cardíaca de recuperação (FCrec) em pacientes com DPOC. Dez indivíduos com diagnóstico prévio de DPOC foram recrutados, sendo que cada participante realizou cinco visitas ao laboratório. Na primeira visita os participantes responderam a questionários e realizaram avaliações antropométricas, a mensuração da FC para análise da VFC, teste de caminhada de seis minutos e um teste incremental máximo de familiarização no ciclossimulador. Na segunda e terceira visita foram realizados os testes incrementais com ingestão de CAF (5 mg.kg-1 ) ou placebo (PLA) (celulose). Na quarta e quinta visita realizaram os testes de carga constante a 60% da potência máxima atingida no teste incremental máximo PLA, mas com CAF ou PLA. Durante os testes e no período de recuperação, foram monitoradas a frequência cardíaca (FC) e a saturação periférica de oxigênio. Os valores de tempo até exaustão nos testes de esforço, bem como as variáveis autonômicas de VFC e FCrec foram registrados. Adicionalmente, cinco sujeitos foram convidados a realizar um exame de função pulmonar, com CAF, a fim de verificar o efeito broncodilatador dessa substância. Um incremento, porém, não significante, foi observado no tempo até exaustão de 0,9% no teste incremental e 12,1% no teste de carga constante (p > 0,05). Não houve diferença significativa entre as variáveis autonômicas, com exceção do delta de FCrec de 60s, que foi menor na condição CAF durante o teste de carga constante, em comparação a condição PLA (PLA = 15,3 ± 8,0bpm vs CAF = 11,4 ± 7,3bpm; p = 0,02). Não houve efeito da CAF no volume expiratório forçado em 1s (VEF1) (p > 0,05), bem como, a CAF também não alterou o comportamento da saturação periférica de oxigênio durante o teste de carga constante (p > 0,05) e o delta dos testes máximos não se correlacionaram com o ΔVEF1 (p > 0,05). Esses achados indicam que a ingestão de CAF não possui um efeito ergogênico em pacientes com DPOC, devido à ausência de benefício nas variáveis do sistema respiratório, embora seja segura do ponto de vista autonômico. |