Políticas ambientais e gestão de unidades de conservação nacionais, estaduais e municipais nos Campos Gerais do Paraná.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Leajanski, Alison Diego lattes
Orientador(a): Meneguzzo, Isonel Sandino lattes
Banca de defesa: Liccardo, Antônio lattes, Grizio-Orita, Edinéia Vilanova lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado de Gestão de Território
Departamento: Departamento de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3673
Resumo: Umas das principais iniciativas de conservação da natureza são as áreas protegidas ou unidades de conservação, que possuem objetivos de conservação da biodiversidade, geodiversidade e dos recursos naturais. Essas áreas podem ser criadas pela iniciativa privada ou pelo poder público, em suas diferentes esferas governamentais. No Brasil, a principal política ambiental voltada às unidades de conservação é a Lei nº 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O SNUC estabelece critérios e normas para a criação, implementação e gestão das unidades. A partir disso, a presente pesquisa tem como objetivo geral analisar como as diferentes esferas governamentais realizam a gestão do Parque Nacional dos Campos Gerais, Parque Estadual do Guartelá e Parque Municipal Chácara Dantas na região dos Campos Gerais do Paraná. Os objetivos específicos referem-se a identificar as possibilidades e dificuldades para a gestão das áreas de estudo, verificar se a gestão de cada parque está em consonância com as políticas ambientais vigentes e comparar, a partir das questões da entrevista, os principais aspectos da gestão realizada em cada um dos parques. Em relação aos procedimentos metodológicos, utilizou-se de pesquisa documental e, para a coleta de dados, optou-se pela realização de entrevistas semiestruturadas com os gestores dos parques. Quanto ao método que norteou o estudo, optou-se pela utilização da abordagem sistêmica. Os resultados evidenciaram diferenças no que diz respeito aos três parques, com destaque para o contexto em que foram criados e estão inseridos, o contexto histórico, político e econômico, o nível de implementação e o tamanho das áreas. Além disso, alguns aspectos se repetem, como a pressão causada pelas espécies exóticas, ambos os gestores destacaram essa presença como um desafio no contexto das áreas. Também percebeu-se que os parques analisados não estão em consonância com o SNUC e apresentam dificuldades em seguir o que a lei estabelece. Os locais apresentam diferentes graus de implementação, evidenciando que o poder público, em suas três esferas, tratou os parques de maneiras distintas ao longo das décadas. Por fim, considera-se que as políticas ambientais são importantes por apresentarem um respaldo legal para as unidades de conservação e para a gestão. Porém, somente a existência das políticas ambientais não garante a conservação, é preciso que sejam seguidas e aplicadas. No contexto das unidades de conservação, é preciso que haja maior interesse e empenho do poder público, em suas diferentes esferas, dos gestores e de toda a sociedade, que pode atuar por meio da ocupação dos espaços de representatividade. No momento em que a natureza está cada vez mais pressionada pelas ações humanas, são relevantes estudos que busquem debruçar-se sobre a temática ambiental, apontando caminhos para melhorar a conservação da natureza.