Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Ana Elisa
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Orientador(a): |
Pinto, Marcia Helena Baldani
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Banca de defesa: |
Toporcov, Tatiana Natasha
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Ditterich, Rafael Gomes
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Silva Junior, Manoelito Ferreira
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Bombarda, Nara Hellen Campanha
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Departamento de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4031
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Resumo: |
Esta tese teve como objetivo analisar a condição de saúde bucal de idosos institucionalizados e não institucionalizados, explorando a associação com fatores individuais. Para tanto, foram realizados dois estudos: a) do tipo estudo transversal seriado, com dados secundários obtidos em três ondas (2006, 2010 e 2015) do Estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE) da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) e, b) transversal, com dados primários obtidos em três Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) da cidade de Ponta Grossa (Paraná). Para ambos os estudos, por meio de questionário estruturado foram coletados dados sobre características sociodemográficas, função cognitiva, estado de saúde geral e exame clínico de saúde bucal. Em relação ao exame bucal, foram utilizadas informações sobre o índice de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D), o edentulismo, uso e necessidade de próteses dentárias e a presença de lesões bucais. Foram obtidas frequência absolutas e relativas, bem como foram realizadas análises de regressão bivariadas, multivariadas e de desigualdade utilizando medidas complexas. Como resultado para o primeiro estudo, com dados do SABE, a prevalência de necessidade de prótese foi de 46,00%,53,32% e 63,90%, em 2006, 2010 e 2015, respectivamente. A necessidade foi maior entre homens, pardo e pretos, idosos com menor escolaridade, sem suficiência de renda e plano de saúde, com autopercepção ruim de saúdebucal, entre aqueles que não usam prótese e que procuraram o atendimento odontológico por urgência. Desigualdades socioeconômicas relativas e absolutas foram encontradas nos três anos de estudo do SABE. Os idosos commenor escolaridade, ou seja, do grupo socioeconômico mais baixo, apresentaram maior prevalência de necessidade de prótese dentária, sendo que tal desigualdade foi persistente em 2006 e 2015. Em relação aos idososdas ILPI, foram avaliados 130 indivíduos, a maioria com idade acima de 80anos (60,77%). O CPO-D médio foi de 30,62 (desvio padrão 2,85), 62,31% dos idosos eram edêntulos, 41,54% usavam e 79,23% necessitavam de prótese dentária. As lesões bucais foram identificadas em 35,42% dos avaliados e 61,29% dos idosos classificou a autopercepção de saúde bucal (ASB) como boa. A maioria dos idosos avaliados era edêntulo, necessitava de prótese e autopercebeu a saúde bucal como adequada. O edentulismo foi mais prevalente entre os idosos com oitenta anos ou mais e entre aqueles que foram ao cirurgião-dentista há três anos ou mais, sendo que quanto mais dentes presentes na cavidade bucal, pior a condição destes (mais componente cariado do índice CPO-D). A maior necessidade de prótese foi do tipo total. Conclui- se que a condição bucal dos idosos de São Paulo/SP e dos institucionalizados de Ponta Grossa/PR foi considerada insatisfatória, do ponto de vista clínico, levando em consideração a alta prevalência de edentulismo e a necessidade do uso de prótese dentária, sendo encontradas desigualdades sociais persistentes ao longo dos anos do estudo SABE. |