Avaliação do risco e intensidade da dor utilizando anestesia tópica em diferentes procedimentos odontológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Wambier, Letícia Maíra lattes
Orientador(a): Loguercio, Alessandra Reis Silva lattes
Banca de defesa: Faria, Luciane Cople Maia, Raggio, Daniela Procida, Chibinski, Ana Cláudia Rodrigues, Franco, Gibson César Nobre
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Departamento de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2346
Resumo: O objetivo deste trabalho foi realizar revisões sistemáticas e estudos clínicos randomizados para avaliar a efetividade dos anestésicos tópicos, para reduzir o risco e a intensidade de dor durante procedimentos odontológicos em crianças e adultos. Nos experimentos 1 e 2, revisões sistemáticas foram conduzidas para responder as perguntas PICO: “A anestesia tópica exerce influência na dor durante a raspagem radicular (RAP) em pacientes adultos?” e “A anestesia infiltrativa exerce influência na dor durante a raspagem radicular (RAP) em pacientes adultos?” A patente foi obtida com o gel anestésico fotoativado. Nos estudos 3 e 4, um dos géis anestésicos (lipossomal termossensível ou fotoativado versus placebo) foi aplicado ao redor da gengiva de primeiros molares permanentes inferiores para adaptação do grampo # 26, colocação do dique de borracha e aplicação de selante resinoso. No estudo 5, participaram adultos com lesões cervicais não cariosas, cujo tratamento foi realizado com o gel anestésico fotoativado versus placebo para a adaptação do grampo # 212. Os dados do estudo 1 evidenciaram que a anestesia tópica diminuiu o risco (p= 0,002), a intensidade da dor (VAS e Heft Parker, p= 0,002; VRS, p= 0,023) e a necessidade de anestesia resgate (p= 0,005) durante a sondagem e RAP comparada ao uso de um placebo. O estudo 2 mostrou que a anestesia infiltrativa foi melhor somente na avaliação da intensidade de dor (p = 0,03) comparada a anestesia tópica, sem diferença estatística para o risco de dor (p = 0,58), necessidade de anestesia de resgate (p < 0,0001) e preferência dos pacientes (p = 0,09). No estudo 3 não foram detectadas diferenças estatísticas para o risco de dor (p = 0,52) entre o gel anestésico lipossomal termossensível e o gel placebo em crianças, havendo diferenças para a intensidade de dor com resultados positivos para o gel anestésico (p= 0,023 para escala numérica e p= 0,013 para escala facial). O estudo 4 mostrou resultados positivos para o gel anestésico fotoativado versus placebo, com diferenças significativas para o risco de dor (p= 0,0002) e intensidade da dor nas diferentes escalas (P<0,001). Dados semelhantes foram observados no estudo 5, com resultados também favoráveis para o gel anestésico fotoativado versus placebo aplicado em adultos, sendo detectadas diferenças estatísticas para o risco de dor (p= 0,0339) e intensidade da dor nas diferentes escalas empregadas (VAS, p=0,005 e VRS, p=0,015). As revisões sistemáticas demonstraram que a anestesia tópica pode ser uma alternativa para substituir a infiltrativa na RAP, enquanto que os ensaios clínicos randomizados demonstraram que os anestésicos tópicos lipossomal termossensível e fotoativado são efetivos para diminuir a intensidade de dor em crianças e adultos, e são uma alternativa de trabalho para procedimentos odontológicos menos invasivos.