Estudo da formação de compostos orgânicos voláteis em frutos de melão climatérico e não-climatérico ao longo da maturação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Los, Kamila Karoline de Souza lattes
Orientador(a): Ayub, Ricardo Antonio lattes
Banca de defesa: Schemberger, Michelle Orane, Coqueiro, Aline
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Departamento de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3254
Resumo: O meloeiro (Cucumis melo L.) é uma espécie cultivada de grande importância mundial. O Brasil é o décimo sexto maior produtor tendo o melão, especialmente a variedade de melão ‘Amarelo’, como a fruta in natura mais exportada do país. Frutos de melão, também apresentam uma ampla diversidade em características, tendo dentro da mesma espécie variedades climatéricas e não climatéricas, o que a torna de extremamente importante para os estudos relacionados à maturação de frutos e a atributos de qualidade. Isto possibilita a comparação de comportamento entre os genótipos com diferentes tipos de maturação e diferentes características de qualidade. Um dos principais atributos de qualidade em frutos é o aroma, que juntamente com o sabor compõe o flavor, um dos principais indicadores da apreciação de um vegetal. Alguns genes relacionados à biossíntese de compostos orgânicos voláteis (VOC), moléculas que conferem o aroma aos frutos, já foram detectados em diversas variedades de melões, bem como vários voláteis que compõe a formação total de aroma nestes frutos. É, portanto, nosso objetivo traçar o perfil de expressão de sete genes que codificam enzimas relacionadas à formação de VOCs (CmLOX9, CmLOX18, CmBCAT1, CmArAT1, CmPDC1, CmADH1 e CmAAT1) bem como analisar o padrão dos VOCs a elas relacionados e trazer uma correlação entre a expressão dos genes e a quantidade detectada destes compostos em melões Eldorado (melão ‘amarelo’ não-climatérico) e Gaúcho (climatérico) . Para a análise dos genes foram feitas RT-qPCRs com o cDNA de melões aos 35 e 45 D.A.P, utilizando primers especificamente desenhados para cada um dos genes. Os dados dos voláteis foram coletados por SPME-GC-MS TOF utilizando amostras de frutos aos 15, 25, 35 e 45 D.A.P. Nós encontramos correlação positiva do gene CmLOX9 com o VOC (E,Z)-2,6-nonadienal em melões Eldorado; uma correlação negativa do gene CmLOX18 com o VOC hexanol em Gaúcho. Os VOC o 2-methylbutanol, ethyl 2-methylbutanoate, 2-methyl propanol e ethyl 3-mehtylbutanoate foram positivamente correlacionados a CmBCAT1 em melões Gaúcho e o 2-methylbutyl acetate em Eldorado. O gene CmPDC1 apresentou uma correlação positiva com o butyl acetate, 2-methylbutyl acetate, 2-methylpropanol e 2-methylpropyl acetate em Gaúcho. O gene CmADH1 mostrou correlação positiva com o hexanol em Eldorado e negativa do 2-mehtylbutanol em Gaúcho. Esta é a primeira vez que estes genes e estes voláteis são identificados em melão ‘Amarelo’, que é o principal tipo de melão cultivado no Brasil e melões Gaúcho, que tem uma alta expressão comercial no sul do país. Estas informações permitem um olhar panorâmico em como trabalham os mecanismos responsáveis por conferir o aroma nestas variedades e promovem informações valiosas para a aplicação em estudos de melhoria de atributos de qualidade, tornando estes frutos mais atrativos e gerando visibilidade da produção brasileira no cenário internacional.