Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Berni, Felipe Collar
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Orientador(a): |
Bianchi, Graziela Soares
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Banca de defesa: |
Woitowicz, Karina Janz,
Bonito, Marco Antonio |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Jornalismo
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Departamento: |
Departamento de Jornalismo
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3366
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Resumo: |
Realiza-se, aqui, um estudo de recepção interessado em perceber os usos sociais que pessoas com deficiência intelectual (PCDI) fazem dos conteúdos jornalísticos em suas relações cotidianas, discutindo hábitos de consumo, de apropriação e de acessibilidade para um público que tem especificidades e necessidades particulares. Para tal, imbrica-se dois conceitos-chave para reconhecer as PCDI como sujeitos comunicantes: cidadania comunicativa (MATA, 2006) e acessibilidade comunicativa (BONITO, 2015). Assim, é desenvolvida uma leitura do jornalismo como forma de conhecimento, capaz de fazer com que os acontecimentos tomem contornos na consciência das pessoas; e o direito humano à comunicação (GUARESCHI, 2013) é visto como garantia para o exercício do conjunto de direitos sociais. Por sua vez, a concepção teórica-metodológica que dá sustentação à dissertação - pensando o jornalismo na sua interface com os Estudos Culturais (MARTÍN-BARBERO, 2003) - reconhece a cultura como manifestação fundamental para perceber os sentidos e significações que os sujeitos pesquisados fazem do jornalismo. Sendo assim, por meio de triangulação metodológica, mobilizando técnicas que valorizassem e explorassem a oralidade dos sujeitos pesquisados, articulou-se o desenvolvimento de pesquisa exploratória com a intenção de compreender a presença do jornalismo no cotidiano das PCDI; por meio de entrevistas, traçou-se o histórico midiático dos sujeitos; posteriormente, com os integrantes do corpus de pesquisa constitui-se um grupo de compartilhamento de notícias por meio do WhatsApp para materializar o consumo jornalístico dos membros; e, explorando as potencialidades do grupo focal, realizou-se um encontro de forma remota para provocar a interação entre os participantes, bem como observar como mobilizavam sua argumentação. O corpus de pesquisa foi constituído com residentes da Região Metropolitana de Maringá (PR). Como resultado, sistematizam-se características acerca da recepção jornalística das pessoas com deficiência intelectual: a presença do jornalismo de proximidade no consumo; o sensacionalismo como marca dos telejornais consumidos; a mobilização do consumo pelas pautas agendadas; o uso do jornalismo na concretude do cotidiano e percepções e experiências moldadas pelo que se assiste. |