Desenvolvimento, caracterização e avaliação de nanocápsulas poliméricas contendo ácido ursólico com modificadores de superfície em modelo de cicatrização de feridas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carletto, Bruna lattes
Orientador(a): Farago, Paulo Vitor lattes
Banca de defesa: Ferrari, Priscileila Colerato, Mainardes, Rubiana Mara, Campesatto, Eliane Aparecida, Pogliani, Fábio Celidonio
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Departamento de Ciências Farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
PLA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3404
Resumo: O aumento do número de idosos em todo o mundo tem sido acompanhado por níveis crescentes de preocupação com a manutenção da qualidade de vida. Esta perspectiva inclui combater os sinais do envelhecimento cutâneo, com compostos que auxiliem a minimizar os efeitos deletérios dos radicais livres e do processo inflamatório desencadeado pelo envelhecimento, como é o caso do ácido ursólico. No entanto, sua utilização clinica é bastante reduzida, devido à sua baixa solubilidade aquosa. Por esse motivo é necessário o estudo de alternativas tecnológicas que consigam sanar as limitações e otimizar suas ações. E para que estas partículas tenham sua ação otimizada no organismo estão sendo utilizados modificadores de superfície que além de contribuir com a permanência no organismo, possibilitam uma interação mais eficiente com as células. Assim, o objetivo deste trabalho foi sintetizar o polímero poli(ácido láctico) (PLA) e produzir nanocápsulas de núcleo lipídico contendo ácido ursólico (AU) por meio dele, com diferentes modificações de superfície utilizando polietilenoglicol (PEG) e ácido siálico (AS) e avaliar essas partículas em um modelo de cicatrização em animais ooforectomizados para investigar a síntese de colágeno. As nanocápsulas foram preparadas pelo método de deposição interfacial do polímero pré-formado e caracterizadas quanto ao tamanho de partícula, índice de polidispersão, potencial zeta, espectroscopia de infravermelho, difração de raios X e morfologia. Foram realizados o ensaio de estabilidade e a validação de um método analítico em UHPLC. Em um modelo in vivo de cicatrização foi avaliada a retração da lesão, avaliação histológica da espessura da pele, contagem de neutrófilos, macrófagos, angiogênese e avaliação da síntese de colágeno, além da avaliação da toxicidade. As nanocápsulas apresentaram características adequadas de tamanho de partícula, índice de polidispersão, potencial zeta, além de não terem apresentado na espectroscopia de infravermelho o surgimento de interações químicas após a nanoencapsulação, no entanto esse processo levou a uma amorfização do sistema. O estudo de estabilidade revelou que a melhor condição de armazenamento é em geladeira. Também foi comprovado que o AU apresenta atividade de inibição da colagenase. A avaliação da atividade in vivo demostrou que as nanocápsulas contendo AU e AU-AS levam a uma retração mais acelerada, com modulação do processo inflamatório e estimulação macrofágica, aumento da angiogênese, e estimulo da síntese de colágeno tipo I. Os tratamentos com as nanocápsulas não apresentaram sinais de toxicidade. Em resumo, esses dados evidenciam que o encapsulamento de UA usando nanocápsulas de núcleo de lipídio e o recobrimento com AS foram abordagens adequadas para contornar a baixa solubilidade em água do UA, melhorar o efeito farmacológico do composto quando usado por via intradérmica e para fornecer uma melhor resolução do processo de cicatrização de feridas.