Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Keila de
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Orientador(a): |
Ferreira, Aparecida de Jesus
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Banca de defesa: |
Jovino, Ione da Silva
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Dias, Lucimar Rosa
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2884
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Resumo: |
A presente pesquisa foi realizada em três escolas municipais da rede pública da cidade de Ponta Grossa - PR, tendo como participantes professoras e crianças pertencentes ao Ensino Fundamental (EF) I. O objetivo foi compreender de que maneira o livro de Literatura Infantil pode contribuir na promoção do Letramento Racial Crítico (LRC) e na percepção das crianças com relação à sua identidade racial, a partir da visão das/os professoras/es. Para tanto, procurei responder a algumas perguntas de pesquisa: 1) De que maneira os livros de literatura podem auxiliar o professor na construção de identidades raciais das crianças que frequentam o EF I? 2) Quais são as percepções das professoras sobre as questões raciais em sala de aula e das crianças do EF I, participantes desta pesquisa, com relação à sua identidade racial? 3) Quais são as percepções que as professoras apresentam sobre o uso dos livros “As bonecas negras de Lara”, "Cada um com seu jeito, cada jeito é de um!”? e “Betina”? Teoricamente, o estudo foi sustentado a partir de autores como Gomes (2005), Muniz (2010), Melo (2015), Ferreira (2011, 2012), entre outros, que dedicam seus estudos às questões raciais. Para as reflexões sobre letramento(s), foram utilizados pesquisadores como: Soares (2004) e Kleiman (2006). Sobre a perspectiva de ensino a partir do Letramento Racial Crítico, a base foi Ladson-Billings (2011) e Ferreira (2014, 2015), que abordam sobre a Teoria Racial Crítica (TRC) na educação. Sobre infância, aprendizagem e identidade racial, pautei-me nas pesquisas realizadas por Rosa (2014), Jovino (2006), Souza, Dias e Santiago (2017), Dias e Bento (2012), entre outros. A metodologia utilizada nesta pesquisa é qualitativa, narrativa e estudo de caso do tipo etnográfico. Os instrumentos para coletas de dados utilizados foram o questionário, as observações em sala de aula registradas no diário de campo, a entrevista e as narrativas autobiográficas com as professoras das turmas observadas. Os resultados indicam que são possíveis diálogos em sala de aula que promovam o Letramento Racial Crítico a partir do uso de livros de Literatura Infantil. As observações em sala de aula durante e após a contação das histórias e a percepção das professoras mostraram que a Literatura Infantil, quando apresenta personagens negros de maneira positiva, contribui para que a criança negra se sinta participante e ativa na sala de aula e na sociedade, o que contribui para o (re)conhecimento racial da criança negra, para a valorização e a autoestima (e essa percepção também é possível pela criança branca com relação à criança negra). Nessa perspectiva, foi possível concluir a partir das análises feitas que a Literatura Infantil pode ser um instrumento facilitador para discutir sobre raça em sala de aula, visto que a contação de histórias e as práticas de letramento(s) promovem um aprendizado significativo aos educandos, de modo que se tornam críticos e ativos para além do espaço escolar. |