Representações sociais do ser professor de música e a identidade docente ao longo da Licenciatura em Música

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rauski, Rafael Dalalíbera lattes
Orientador(a): Rosso, Ademir José lattes
Banca de defesa: Ens, Romilda Teodora, Cervi, Emerson Urizzi, Mainardes, Jefferson, Tozetto, Susana Soares
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3287
Resumo: A pesquisa teve como objetivo geral compreender em que medida ocorrem mudanças nas representações sociais sobre ser professor de música nos acadêmicos que cursam a Licenciatura em Música, e se as possíveis mudanças contribuem com o desenvolvimento de aspectos da identidade docente. A partir do método comparativo, foram adotadas abordagens qualitativas e quantitativas para o levantamento dos dados, e o software ALCESTE e a análise de conteúdo (BARDIN, 2004) foram utilizados para a interpretação das informações obtidas. A fundamentação teórica teve como aporte principal a Teoria das Representações Sociais, proposta por Moscovici e colaboradores. Os dados foram obtidos a partir de quatro levantamentos: comentários sobre ser professor, ser músico e ser professor de música postados nas redes sociais na internet – Facebook, Twitter, YouTube e Fóruns Virtuais, – totalizando 932 ocorrências; respostas de questões abertas das provas do THE do vestibular para Licenciatura em Música da UEPG, totalizando 124 sujeitos; respostas dos acadêmicos do curso para um questionário aberto aplicado, totalizando 43 sujeitos; respostas obtidas junto aos egressos do curso a partir de formulário elaborado com o auxílio da ferramenta virtual Google forms, totalizando 44 sujeitos. Os resultados indicaram que as representações sociais do ser professor de música organizam-se em redes, formando uma espécie de sistema, no qual quatro representações são compartilhadas pelos diferentes grupos investigados: 1 – Saber ensinar, representação hegemônica; 2 – Vocação, representação presente entre os participantes das redes sociais, participantes do THE e acadêmicos; 3 – Acesso à música, representação presente entre os participantes do THE, acadêmicos e egressos; e 4 – Bom músico, representação presente entre os participantes das redes sociais e do THE. Essas representações, que estão ancoradas em representações do professor e do músico, refletem a força das representações tradicionais presentes na sociedade sobre os grupos investigados. Por outro lado, a presença de representações não compartilhadas revelam diferenças pontuais entre os diversos grupos investigados, como as evidenciadas a partir dos acadêmicos da fase final do curso, que representam o professor de música a partir de uma pluralidade de saberes; e dos egressos, que compartilham uma concepção de ensino de música que se constrói a partir do outro, e consideram a formação profissional obtida na licenciatura essencial, sendo os conhecimentos específicos da docência os que parecem contribuir mais com o desenvolvimento de suas identidades docentes. Concluiu-se que ocorrem mudanças nas representações sociais do ser professor de música ao longo da licenciatura, bem como uma possível contribuição do curso no desenvolvimento de aspectos das identidades docentes.