Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Karen Cristiane
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Orientador(a): |
Gómez, Sergio Leonardo
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Banca de defesa: |
Bonvent, Jean-Jacques
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Poletti, Martin Eduardo
,
Pessoa, Christiana Andrade
,
Souza, Gelson Biscaia de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências
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Departamento: |
Setor de Ciências Exatas e Naturais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4128
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Resumo: |
Os nanofluidos são coloides estáveis de nanopartículas que têm aplicações em muitos campos, indo desde a engenharia, como na melhoria de geração de energia solar, até na medicina, como agentes teranósticos ou marcadores ópticos para avaliação da presença de antígenos em amostras biológicas. Para tais aplicações, nanopartículas metálicas são as mais desejáveis, devido a uma propriedade óptica denominada ressonância de plasmon de superfície localizado (LSPR), que é a excitação coletiva dos elétrons da banda de condução devido a interação com radiação eletromagnética incidente. Para metais nobres, essa ressonância ocorre na faixa do visível do espectro eletromagnético e propriedades como forma, tamanho e agregação das partículas afetam a largura e posição da banda de absorção de LSPR do nanofluidos plasmônicos. Com isso, o controle de tamanho e forma de nanopartículas durante a síntese se faz necessário na obtenção de nanfoluidos plasmônicos. Na síntese de nanoparticulas, duas abordagens podem ser utilizadas: top down e bottom up. Na abordagem top down podemos citar a ablação a laser como um exemplo de obtenção de nanopartículas, e na abordagem bottom up podemos citar a redução química. Mas nos últimos anos o interesse em sínteses empregando uma fonte de luz para excitar soluções com precursores tem se destacado pelo seu fácil arranjo e possibilidade de controle de tamanho e forma das partículas através da energia que é fornecida para a solução. Nesta tese, a influência do comprimento de onda de excitação da luz utilizada na produção de nanopartículas é explorada e a influência do tamanho e concentração das nanopartículas no índice de refração não-linear (n2) que caracteriza propriedade óptica de terceira ordem das amostras obtidas. A técnica empregada neste trabalho para avaliar o índice de refração não-linear no nanofluidos obtidos pela síntese fotoquímica foi a automodulação espacial de fase (SSPM), um método simples e eficaz que mede n2 com base na formação de anéis de difração em função de potência do laser contínuo utilizado para excitar os nanofluidos. Os resultados obtidos pela espectroscopia no ultravioleta visível (UV-Vis) e por microscopia eletrônica de transmissão (MET) indicam que o comprimento de onda de excitação exerce influência direta na forma e aglomeração das nanopartículas obtidas pelo método fotoquímico. As soluções obtidas por irradiação nos comprimentos de onda de 395 nm e 473 nm apresentaram partículas com formas mais bem definidas e tamanhos entre 10 e 25 nm e menor aglomeração em comparação as obtidas com os comprimentos de onda de 530 nm e 650 nm. A cinética de nucleação da AuNPs obtidas pelo método fotoquímico empregado neste trabalho apresentam uma curva sigmoidal quando observadas as absorbâncias do picos de plasmon de superfície de cada solução obtida, estando de acordo com o modelo teórico de Finke-Watzky ou modelo de dois passo F-W. Na caracterização fototérmica através da técnica de SSPM, os nanofluidos obtidos pelos comprimentos de onda mais curtos apresentaram valores de n2 em módulo do que os nanofluidos obtidos por exposição a comprimentos de onda maiores. Esse resultado indica a melhora na resposta ótica quando as soluções são obtidas através de irradiação com maior energia fornecida pela fonte de luz. |