Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Swiech, Mayara Juliane
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Orientador(a): |
Heerdt, Bettina
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Banca de defesa: |
Bertoni, Danislei
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Freire, Leila Inês Follmann
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática
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Departamento: |
Departamento de Matemática e Estatística
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3738
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Resumo: |
Iniciamos as indagações e reflexões desta pesquisa, a partir, da análise de quem somos enquanto seres sociais, a relação com nosso objeto de pesquisa e as influências/interferências desse envolvimento com a construção de nossos caminhos investigativos. A pesquisa é pautada na análise do discurso docente em relação as questões de gênero referente ao conteúdo de hormônios esteroides. Desse modo, temos como objetivo analisar o discurso de docentes referente a produção de subjetividades em relação as questões de gênero a partir do conteúdo específico da biologia, hormônios esteroides, em aulas ministradas nas escolas e em vídeos. Para a análise, realizamos a observação e captação do áudio de sete aulas, sendo uma delas presencial e as outras seis no modelo digital ou remoto de ensino. As aulas tinham como tema principal o sistema endócrino e o sistema reprodutor, e abordavam assuntos referente, principalmente, a fisiologia dos hormônios e a anatomia. Para a análise, selecionamos trechos que compunham o discurso docente e apresentavamse permeados por questões de gênero, a partir dos seguintes enunciados: “Hormônios sexuais”: a sexualização dos corpos e a determinação dos gêneros; Dualismos e dualidades: (re)afirmando as diferenças; Corpos “estranhos”; Objetificação da mulher: atribuições sexuais e reprodutivas; O corpo masculino superior e sagrado: uma visão deturpada; Naturalização da violência a partir de uma perspectiva biológica. Nossa análise tem como referencial teórico a perspectiva Foucaultiana, consideramos que o discurso é carregado de relações históricas e práticas concretas vivas que contribuem para a produção de verdades sociais. Percebemos durante a análise que os discursos fazem parte de um mecanismo de saber e poder, enraizados em uma cultura histórica e social branca, masculina e heteronormativa, em que a mulher, seu corpo e seus hormônios são colocados em uma posição hierarquicamente inferior ao homem, esses discursos contribuem para a (re)produção de práticas desiguais, machistas, preconceituosas, misóginas e violentas. A partir dos estudos feministas e dos estudos das biólogas feministas é possível a circulação de outros discursos na escola e fora dela que desestabilize certezas e possibilitem diferentes formas de pensar os hormônios e corpos. |