Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Valter Paes de
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Orientador(a): |
Budel, Jane Manfron
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Banca de defesa: |
Swiech, Juliane Nadal Dias
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Boscardin, Patricia Mathias Doll
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
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Departamento: |
Departamento de Ciências Farmacêuticas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3071
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Resumo: |
Baccharis é um dos mais representativos gêneros de Asteraceae, compreendendo 440 espécies distribuídas originalmente no continente Americano. Muitas espécies desse gênero são conhecidas na medicina tradicional como carquejas ou vassouras, e usadas popularmente para a mesma finalidade terapêutica, principalmente na forma de chás, atuando como anti-inflamatório, digestivo, diurético e antidiabético. Várias espécies de Baccharis são, muitas vezes, similares morfologicamente, o que dificulta a identificação taxonômica. Desta forma, a morfoanatomia de espécies do gênero tem sido investigada, buscando identificar novos caracteres para dirimir dúvidas resultantes da dificuldade de identificação. Nesse sentido, este trabalho tem por objetivo analisar a anatomia foliar e caulinar de dez espécies de Baccharis do subgênero Coridifoliae: B. albilanosa, B. artemisioides, B. bicolor, B. coridifolia, B. erigeroides, B. napaea, B. pluricapitulata, B. ochracea B. scabrifolia e B. suberectifolia, a fim de fornecer subsídios taxonômicos e farmacobotânicos, contribuindo para a caracterização das espécies desse táxon e o controle da qualidade de drogas vegetais e fitoterápicos. Para tanto, foram usadas técnicas de microscopia de luz e eletrônica de varredura, bem como análises histoquímicas para identificação de metabólitos secundários nas espécies estudadas. Como resultados, foram observadas várias características anatômicas comuns às espécies de Baccharis subgen. Coridifoliae, como folhas com margem revoluta; epiderme com paredes anticlinais retas; estômatos anomocíticos; tricomas tectores cônicos, glandulares bisseriados e glandulares flageliformes; dutos secretores próximos ao floema na folha e no caule; feixe vascular único colateral na nervura central; caule com formato arrendondado/irregular e cristais de oxalato de cálcio do tipo estiloides, prismáticos e bidipiramidais simples. Quanto à seção Pluricephalae, os aspectos comuns observados foram folhas com margem revoluta; epiderme com paredes anticlinais retas na face adaxial; estômatos anomocíticos; tricomas glandulares bisseriados e glandulares flageliformes; dutos secretores; caule com tricomas glandulares flageliformes com base formada por até nove células; e cristais do tipo estiloides, prismáticos e bipiramidais simples. Em relação à seção Coridifoliae, as características comuns encontradas na maioria das espécies foram folhas com margem revoluta; epiderme com paredes anticlinais retas na face adaxial; estômatos anomocíticos; tricomas tectores cônicos, glandulares bisseriados e glandulares flageliformes; formato da nervura central côncavo-convexa; dutos secretores; caule com formato arredondado e presença de cristais estiloides e prismáticos. Os caracteres anatômicos das folhas e caules descritos, em conjunto, fornecem subsídios botânicos que auxiliam na identificação das espécies, contribuindo para o controle da qualidade de drogas vegetais e fitoterápicos, além de fornecer dados taxonômicos para o subgen. Coridifoliae, para o gênero Baccharis e para a família Asteraceae. Adicionalmente, esse estudo é o primeiro a caracterizar anatomicamente um subgênero de Baccharis. Consequentemente, estudos anatômicos de outros subgêneros são necessários para a caracterização completa do gênero, contribuindo com estudos taxonômicos e evolutivos. |