Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Brekailo, Fernanda
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Orientador(a): |
Pereira, Eduardo
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Banca de defesa: |
Pianaro, Sidnei Antonio
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Cavalaro, Sergio Henrique Pialarissi
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências de Materiais
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Departamento: |
Departamento de Engenharia de Materiais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3017
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Resumo: |
O concreto pode estar sujeito a diversos processos que causam sua degradação, que podem ter origem em fenômenos físicos, químicos e mecânicos. Entre os processos de deterioração com origem em fenômenos químicos encontra-se o ataque por sulfatos de origem externa. Neste ataque, íons sulfato reagem com os componentes da hidratação do cimento e formam compostos com volume maior que os iniciais, podendo gerar expansão e ruptura do concreto, além de perda de massa e diminuição progressiva da resistência. A fim de compreender-se melhor o processo de transporte destes íons, que envolve o transporte de sulfatos, reações químicas entre o fluido e o sólido e degradação da matriz cimentícia, foram realizados ensaios de difusão e migração de íons sulfato em concreto, estudo esse que atualmente restringem-se em grande parte aos íons cloretos. Os ensaios de migração e difusão de íons sulfatos foram realizados em concreto no estado estacionário e não estacionário para soluções com 5 e 10% de SO42- tanto para sulfato de sódio (Na2SO4) como de magnésio (MgSO4). Com os dados obtidos, foi calculado o coeficiente de difusão de concreto para todas situações analisadas. Foi analisado também a microestrutura dos concretos após a difusão/ migração de íons sulfatos por meio das técnicas de porosimetria por intrusão de mercúrio, difração de raios X (DRX) e microscopia eletrônica de varredura, além de análise da variação de resistência à compressão. O ensaio de migração mostrou-se eficaz em fornecer dados acelerados para sulfatos, apresentando um tempo máximo de 14 dias de duração. Para solução de sulfato de magnésio com 5% de SO42- foi possível determinar o coeficiente de difusão estacionário com menor variação, porém com uma diferença de uma ordem de grandeza em relação à difusão natural. Com a solução de sulfato de sódio com 10% de SO42- foi possível determinar o coeficiente de difusão não estacionário com menor variação e mesma ordem de grandeza da difusão natural. As amostras do ensaio de migração apresentaram redução na resistência à compressão, na difusão não estacionária houve um aumento de resistência e no ensaio de difusão estacionária praticamente não houve variações. Identificou-se a mesma característica em todas amostras nas imagens de microestrutura e compostos identificados, com exceção da brucita, não identificada no ensaio de difusão estacionária. Não houve padrão no comportamento da porosidade das amostras para uma mesma solução nos diferentes ensaios, nem para o mesmo cátion ou concentração dentro de cada ensaio, evidenciando que o tamanho da amostra e presença ou não de tensão elétrica afetam a cinética do ataque externo por sulfatos. |