Estudo da dinâmica de replicação cromossômica em Astyanax aff. scabripinnis (Teleostei: Characidae), com ênfase na natureza dos cromossomos B

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Schemczssen, Zelinda lattes
Orientador(a): Moreira Filho, Orlando lattes
Banca de defesa: Matielo, Mara Cristina de Almeida de lattes, Hass, Íris lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
Departamento: Departamento de Biologia Geral
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2977
Resumo: Cromossomos B são componentes genômicos encontrados em vários grupos taxonômicos de plantas e animais. Até agora nenhuma evidência de efeitos fenotípicos detectáveis foi encontrado em indivíduos portadores de cromossomo B em Astyanax scabripinnis. Para conhecer a localização, variabilidade e natureza da cromatina do cromossomo B e elucidar possíveis regiões transcricionais, é necessário, a priori, obter padrões de bandas cromossômicas resolutivas. Através desta obtenção de bandas de replicação (bandas RBG) é possível saber em quais regiões o cromossomo B replica no início da fase S, onde nestes locais a cromatina pode ser matéria prima do genoma usado para transcrição. Neste estudo foram utilizados 35 exemplares de Astyanax aff. scabripinnis provenientes de rios da região de Campos do Jordão, São Paulo, em população previamente identificadas pela presença de cromossomos B. As amostragens foram realizadas em um ponto do Córrego da Fazenda Lavrinha, bacia do rio Paraíba do Sul. A população do de A. scabripinnis apresentou indivíduos com 2n=50 e 2n=51, estes portadores de um cromossomo B metacêntrico. Foi possível identificar regiões claras e escuras no cromossomo B, no início da replicação cromossômica, confirmando que a replicação não acontece de forma homogênea, elucidando que o cromossomo B de A. scabripinnis possui uma compartimentalização cromossômica, alusiva aos isocores observados em outros metazoários, que estão envolvidos na compartimentalização do genoma e estão relacionados ao suporte da regulação transcricional. Através da incorporação do análogo de base BrdU, in vivo, foi possível encontrar regiões do cromossomo B que replicam no início da fase S, diferencialmente caracterizadas em relação as regiões de replicação tardia. Nesta perspectiva é possível mostrar que o cromossomo B desta espécie possui território e cromatina disponíveis para transcrever, especialmente nas bandas claras de replicação inicial, sendo estas: p1.1; p1.3; p2.2 e q1.1; q1.3; q2.1; q2.3. As regiões de replicação tardia são correspondentes a blocos de heterocromatina constitutiva e localização preferencial de sequências repetitivas As51. Com o emprego do fluorocromo cromomicina CMA3 foi possível evidenciar regiões ricas em CG em diferente contraste das regiões ricas em AT, evidenciando que as regiões CG coincidem com regiões de replicação inicial, confirmando os dados obtidos para bandas de replicação e banca C. Comprovando e delimitando que o cromossomo B possui cromatina para transcrição é necessário que este estudo de continuidade para que, se possam identificar quais informações são transcritas, e o efeito fenotípico que estes possíveis genes localizados nestas regiões de replicação inicial, trazem ao indivíduo portador do cromossomo B.